Educando o Brasil

Educando a criança a professora educa a nação. Era assim. Não é mais. O padre, o professor, o livro, estão sendo substituídos pelo Rádio, TV, Internet. Mas, se a mudança de instrumentos é global por que há países atingindo altíssimos níveis de desenvolvimento social, tecnológico, e outros não?

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Todos reconhecem que Educação no país vai mal. Muito mal. Não vou repetir números. Os índices estão ao alcance de todos. Não nos destacamos em nenhum quesito. Os nossos melhores centros produtores de Conhecimento há muito passam por distúrbios internos, externos. Estão degradados. Desmoralizados.

O processo do Ensino foi interrompido, trincado.  Os defensores da “revolução que mudaria o país” penetraram nas universidades. Arrebentaram seus alicerces. E chegaram ao poder federal com a ideologia com a qual juraram mudar o país com reformas estruturais. Como fazem em todas as áreas governam com atalhos, quebra-galho, medidas eleitorais. E muita corrupção.

Reposição de aula é mentira  

Não fizeram nenhuma reforma substancial. Da creche ao Mestrado a nação vai padecer pelos próximos cem anos. Aula, tempo, ensino, estimulo, oportunidades, uma vez perdidos, voam para sempre. A mentira da reposição de aulas explica o desperdício, despreparo, incompetência. Em aproveitamento de recurso humano ficamos atrás do Chile, Uruguai, Panamá, Costa Rica.

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Na Coréia do Sul 88% da juventude estão nas universidades. No Brasil, 18%. E desse numero quantos chegam ao final do curso? Quantos terminam razoavelmente bem? Quantos saem realmente preparados para assumir suas profissões e ajudar a melhorar o país?

A ociosidade é um descalabro.

Nas escolas e universidades o “matar aula”, a ociosidade, são um descalabro. Carnaval. Semana Santa. Semana da Pátria. Feriados nacionais, estaduais, municipais. E greves. De professores. De alunos. Servidores em geral. Com metade do ano letivo quem ensina? Quem aprende?

A professora, educadora, Adriana Berger diz: “Não há cheiro de Saber e Conhecimento nas universidades. Há muito cheiro de cigarro e álcool. Muita poluição sonora. Desrespeito. Libertinagem. Mofo curricular. Desperdício dentro e fora do campus. Raros os nichos do ato de Aprender, de fato”.

Aqui não! Nesta reserva do país, não!

“USP, UNICAMP, UNESP, por exemplo, Produtoras de Conhecimento, não podem ser vandalizadas, paralisadas. Pequenos grupos radicais com delinquentes, muitos pagos para manter a desordem, “tomam” reitorias. Depredam. Depois da cartolina, a pedra, o coquetel molotov. E depois? Imagina um infiltrado criminoso-terrorista explodir bombas de fabricação caseira? E se a onda de terror emplacar? Há protesto estudantil por toda parte. Mas, o estudante inglês não pensa em tocar fogo em sua universidade. Em anos de lutas, barricadas, a juventude parisiense jamais depredou a Sorbonne. 

imagesCA1B1B3N“É nóia bem brasileira essa destruição do lugar onde se estuda, se aprende. Por que não quebram a casa dos pais. Onde moram? Não é o prédio, a biblioteca, o jardim, os culpados do atraso nacional. A luta deve ser dirigida, centrada, contra os incompetentes e vilões que governam. Quem tem coragem de dizer Aqui Não! Nesta reserva do país, não! Em São Paulo do PSDB o governo federal lava as mãos.

Para as próximas eleições o melhor é ver o circo pegar fogo. No Rio, governado pelo PMDB, cidade sitiada, o interesse político fala mais alto. Quanto mais o governador e o prefeito  se desgastarem melhor para a candidatura Lindberg Farias, do PT, e  de outras. Onde o governo é do PT a regra é a mesma.

 Educação não é  a prioridade.

“O que ela pode render em votos, prestigio, dinheiro, é a prioridade.  A pá de cal foi do Chefe da Nação: “Nunca li um livro. Não preciso de diploma universitário para governar o Brasil“. Desgraça maior é 40 milhões achar essa declaração bonita. “Ele é um dos nossos, fala a linguagem do povão”. 100 milhões de brasileiros não se importar . Da diferença populacional poucos se indignaram com o escarro no Saber e no Conhecimento. Aí o marketing tentou- e para muitos conseguiu- explicar que era uma força de expressão, uma brincadeira”.

“Saíram buscando e comprando Diplomas, Honoris, Homenagens de universidades para reduzir o impacto do desdém. Se foi brincadeira, pior. Presidente não pode brincar com coisa séria. As palhaçadas de Berlusconi o levaram a julgamento e punição. De Lula saiu do consciente.  Do modo e jeito como ele entende Educação-trampolim-zona eleitoral. Saiu do peito e alma com arrogância. Ignorância. Arroto imbecil, mas sincero, incontrolável: “tenho experiência pra dar e vender. Não preciso dessa elite universitária, branca, de olhos azuis“. Leia-se: Cagando. Eu sou mais eu. Se o Chefe usa livro para outros fins. Vomita na universidade. Quem no totalitarismo e na corrupção se atreve a limpar a sujeira. Levar Educação, Universidade, como “coisa” séria?! 

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“Em Cambridge, uma das cinco melhores universidades do mundo: aluno reprovado numa única matéria é expulso. Não está preparado? Tem outro que está”.

“Aproveito o espaço para dizer que é triste ver a universidade embrutecida. Feia. Não é só na Venezuela que falta papel higiênico. Fui ao banheiro de uma universidade. Sujo. Mau cheiro. Não havia toalha de mão, papel higiênico. È degradante ver professor humilhado, apanhando da policia. Desviando a sua energia, aprendizado, para greves e protestos.

A baixa qualidade educacional e cultural de congressistas, ministros, professores, descarta como sem “importância” filosofia, matemática, poesia, música, educação física. Enquanto na China xadrez é ensinado desde o primário é raro ver estudante o jogando nos nossos espaços universitários”.

E a poesia? Humor? Alegria?

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“Ele detestava gente de mau humor” diz Toquinho. O menininho chinês cresce rindo. O gauchinho crescendo de cara amarrada. O riso e o charme da mulher brasileira já encantaram o mundo.

“E sem o estímulo poético a música, a literatura, cinema, novela, a grade televisiva, resvalam para a vulgaridade, banalidade. O poeta Vinicius de Moraes imenso divulgador do Brasil pelo mundo dizia que “a pior coisa era a avareza, que perdia só para a grosseria”.

Há muita grosseria no ato de governar. Moças e rapazes com a cara amarrada. Gestos bruscos. “Mal educados”. Que não é o mesmo que ter ou não ter Educação formal.  Há “gênios” grosseiros. Há analfabetos gentis.  O comportamento em sociedade está embrutecido. Há pouco riso e bom humor. Quem e o que embrutecem a nação”?

O militar é guardião do país. O professor é formador da nação.

imagesCA9ZBVSA.jpgmilitar na fronteiraDentre as categorias profissionais o militar das Forças Armadas não faz greve. PM faz. Bombeiros, Polícia Civil, Federal, fazem. O professor não deveria fazer greve. O professor não deveria ser obrigado a fazer greve. Se o militar é guarda da nação. Seu defensor. O professor é o formador da nação. Seu caminho e luz.

O que seria de nós se as guarnições nas fronteiras entrassem em greve. Deixassem tudo e todos atravessarem? Se acordássemos com os quartéis em greve? O militar, mesmo com motivos, não vai à greve. Por que o professor vai à greve? Qual a diferença conceitual, moral, cívica? O uniforme? Salário? Transporte público? A moradia?

No Exército ainda se cultua valores, princípios, honra, dignidade.

Amilcar Mendes, filho de militar e de professora diz: “Eles valorizavam as profissões. Eram dedicados. Conscientes do papel na sociedade. Ambos não recebiam bons salários. Moravam no subúrbio do Rio. Andavam de trem, ônibus. Mas, havia respeito pela hierarquia e disciplina. Nas Forças Armadas ainda se cultiva valores, princípios, dignidade, honra. Há sentimento da primazia do país”.

untitled.pngsarney untitled.pngcollor untitled.pngFHC untitled.pngLula images.jpgDilma

Direita, Centro, Esquerda, politizaram e incharam a universidade. Ideologia mais importante que tecnologia. O Ensino doente. O Saber intoxicado. A produção científica raquítica. Cada um deles dirá que foi o melhor para a Educação. “Veja como eu peguei e como eu deixei”. 27 anos!

È hora de apontar os vilões. Onde não há culpados. Ninguém é culpado. A “culpa” é de D. Pedro II. Do Canadá. Da Rússia! O jogo ideológico decadente corrói o cerne da universidade. O Ensino, a  disciplina pelo Saber, são substituídos por horas, dias, semanas, meses, anos, de reunião, discussão, dos diversos grupos e linhas “ideológicas para a tomada do “poder universitário”. Cacife para conseguir vantagens pessoais, corporativistas, eleitorais. Ao transformar a escola, a universidade, os centros de Saber e Cultura, em células partidárias, eleitorais, o político de esquerda, de direita, de centro, honesto ou safado, são os responsáveis pela baixa qualidade científica e tecnológica. Pelo caos na Educação.

A universidade-escada para político profissional.

Fala-se em vereador, deputado, prefeito, senador, presidente, oriundos da Universidade. Pouco se ouve de Cientista, Pesquisador, Inventor, Mestre, PHD. Prêmio Nobel, nem pensar. Para quê? A burrice se justifica gritando: “isso é invenção da elite branca, de olhos azuis, capitalista”. E o resultado de 40 anos de dominação “ideológica” das universidades? Carência de médicos, engenheiros, físicos, químicos, matemáticos, mestres, professores, fazendo o país patinar no Atraso. Na desagregação. Vandalismo de alunos e contra alunos. Zorra total. E o que faz a elite que está governando?

Esconde-se. “Não mexe aí, é ruim para as eleições, para a sua imagem”. E a Educação indo para o brejo com paliativos no país do Genérico. A coragem de ir lá dentro, meter a mão, tirar o sapo do formigueiro, ninguém tem. Só bazófia, lero-lero, pilantragem, marketing, quebra-galho, atalho.

Nadejda Kruspskaya. Kirov.

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Desvios e abusos de interpretação ideológica levaram ao fim da poderosa União Soviética. A matriz socialista do mundo. Lá o totalitarismo. O domínio do Estado sobre o Indivíduo. No Brasil e pela América Latina o populismo coloca a ideologia a serviço da corrupção. Facilita o crime organizado. Karl Marx captou e explicou com muita sabedoria a plus valia no capitalismo do frio europeu. Mas, não previu nos trópicos o vírus da corrupção, da patifaria. Ele detestava Simon Bolívar.

Stálin e Nadejda, (a companheira de Lênin), não se davam bem. A bagunça havia tomado conta de Leningrado, Moscou. Vandalismo. Saques. Prisões. Fuzilamentos. Ela, professora, bateu o pé. Encarou Stálin e os radicais aloprados da época: “não toquem nos mestres. Nos professores das aldeias. São os únicos que temos e foram bem preparados pelas escolas e universidades do Império”.

A turba nas Ruas se empapuçava de “liberdade”. Embriagados por coisas nunca vista partiram para o comunismo primitivo. Punitivo. Destruidor. Sexual. Para por freio à loucura “revolucionária” Nadejda contou com o apoio do consagrado escritor Máximo Gorki. De Lunachersky. Zinoviev. Kirov. Trotsky.

Mulher valente. Homem daquilo roxo.

Kirov de pistola na mão proibiu vandalismo na Escola de Balé de Leningrado. Lênin mandou Derjinski botar Guarda Vermelha em todas as Universidades, Academias, Laboratórios. Com ordem de atirar em quem se atrevesse a invadir, vandalizar, roubar. Mas, se eles eram os revolucionários das passeatas, dos protestos, por que protegiam o “ensino burguês”? E os que invadiam, quebravam, eram operário, camponês, estudante, sem teto, adeptos, simpatizantes, da revolução bolchevique.

“Não podemos vandalizar, destruir, os Centros de Saber e Conhecimento. Sem eles não construiremos a nova Rússia”. Lênin lia livros. Escrevia livros. Sabia que não se produz Conhecimento da noite para o dia. Lênin não era idiota, pilantra. Ele construiu uma nação. Deu certo, ou não, é outra história.

lumumbaunivFoi só Lênin morrer Stálin expulsou Nadejda do Kremlin. Gorki suicidou-se. Zinoviev e Kirov foram fuzilados por “traição”.  Trotsky assassinado no México. Uma das visitas estudantis da universidade Patrice Lumumba ( na imagem) era ao quarto do casal na sede do governo. Eu estive lá. Cama simples. Colchão com mola improvisada. Uma mesinha, três cadeiras.

Cadê a mulher valente? O líder daquilo roxo para dar um basta à destruição física, moral, das universidades? Dos Centros de Saber? Dos laboratórios de Conhecimento? Sem os quais continuaremos a boiar na merda para morrermos na praia. Onde estão os “revolucionários” de ontem que fizeram das universidades trincheiras de suas lutas? Toda experiência comunista investiu pesado na Educação. O leste europeu está cheio de engenheiros, matemáticos, bons profissionais, da era socialista. Professoras, cientistas, da Alemanha Oriental comunista fortalecem a Alemanha capitalista, unida.

A pequena Cuba, experiência comunista das Américas, exporta médicos para o gigante Brasil. Na China comunista a universidade é prioridade. Na Inglaterra capitalista a universidade é prioridade. O Brasil sem rumo. Sem prumo. Nem capitalista. Nem socialista. No improviso. No tranco. Com governantes de teorias velhas querendo tirar proveito de práticas novas. Com masturbação ideológica. Patifaria politico-eleitoral. Corrupção. A Universidade brasileira não é o que deveria ser!

Do berço à universidade.

1377360_450796215035035_1577425387_nA batalha por um diploma universitário na escassez de alternativas.

O país tem que esperar quinze anos para a criança cursar universidade. Mais 4/5/7 anos para ser um profissional e testar habilidade e qualidade do ensino recebido. O caminho do berço à escola, à vida adulta, profissional, está mal traçado no Brasil. E com essa gente que nos governa não há melhora. Não há saída desse estradão que destrói as forças do país. Intoxica as veias da nação.

A ficha não caiu para os herdeiros de experiências mal sucedidas. A era da Ideologia política como nós a conhecemos está no fim. As novas ideias transformadoras vão por outros caminhos. O brasileiro, sempre na rabeira dos avanços, terá que decidir se fica no Atraso. Na periferia. Emergente. Genérico. Pedinte. “Vítima da Exploração dos Mais Fortes. Da Espionagem”.

A ideologia do Saber e do Conhecimento

Temos a opção de transformar o país em uma nação de ideologia religiosa fundamentalista. Na Sodoma e Gomorra do Atraso. No bordel do mundo. E a opção, não muito cobiçada, de se caminhar em direção ao Avanço. À ideologia da tecnologia. Da Pesquisa. Da ciência. Do Progresso sem embrutecimento e barbárie. Sem terra arrasada em nossos recursos naturais.

Esse caminho novo. A ideologia do Saber e do Conhecimento. Dependerão do tipo de Educação formal e social que implantarmos. Pois, sem Educação não há solução. Não há Internet que dê jeito. Daí a pergunta: quem e o que estão educando o Brasil? O professor, o político espertalhão, o pastor, o livro, o celular, o Rádio, a TV, a internet? Mande a sua opinião. Escreve que eu publico.

Trilha sonora dedicada ao Branco mais Preto do Brasil Samba da Bênção Saravah Pièrre Barouh 

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