Quantos brasileiros da Amazônia lêem a revista Veja? Quantos nordestinos lêem Época e Isto È? Quantos do centro-oeste leram os textos de diplomatas aposentados publicados em o Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, o Globo? Quantos do sudeste lêem revistas internacionais?
E quantos vêem TV, a maior e mais poderosa mídia da Pátria Educadora? Brasileiros, praticamente todos, têm acesso direto, ou indireto, aos programas de TV.
Quantas horas diárias, semanais, mensais, milhões de avôs, avós, mães, tias, as educadoras do lar, formadoras de opinião e caráter do “futuro do Brasil” dedicam, frenética e passivamente, às novelas, programas religiosos, especiais de cirurgia plástica, cosméticos, remédios, dietas, moda, culinária, futebol, fofocas?
Quantos minutos a TV brasileira aberta (concessão pública) dedica às relações exteriores do país-continente? Da maior potencia agrícola-industrial da América Latina?
A prisão do presidente da Confederação Brasileira de Futebol-nosso ícone cultural de maior grandeza; contratos e contas bancárias de jogadores sonegadores de impostos; influem negativamente na política externa do Brasil. Mas, a BAND não dedica espaço semanal às Relações Exteriores do “País do Futebol”.
A TV Globo substituiu o Mundo em 1 Minuto pelo Mundo/24 horas em programa matinal de reduzida audiência. O que as herdeiras de Sílvio Santos, criador do SBT, sabem da influência internacional no preço do tomate? E elas vão comandar o império SS e continuar “educando” milhões de brasileiros.
A TV Record porta voz da Igreja Universal, abrindo templos pelo mundo afora, não oferece à sua audiência meia hora com especialistas em política externa, em relações universais.
Onde, quando, como, e Por quê?
Por que, o primeiro operário presidente do Brasil, discriminado pela elite branca, conservadora, não acolheu a mão estendida pelo primeiro negro presidente dos Estados Unidos, discriminado pela elite branca, conservadora?
Por que, o presidente Luís Inácio Lula da Silva decidiu (ou o fizeram decidir) acolher-se nos braços e nas idéias de Fidel Castro, Hugo Chávez, Evo Morales, Nestor Kirchner, Omar Kadafi, Ahmedinejad, Mubarack, e com eles, e por eles, distanciar o Brasil dos centros de Tecnologia, Ciência, Pesquisa, Conhecimento, Modernidade?
Por que, ninguém mostrou a Lula que a sua política externa personalista, ideologicamente confusa, seu discurso terceiro-mundista, há muito sem Segundo Mundo, jogariam o Brasil no gueto, no isolamento diplomático?
Por que, abrir mais e mais embaixadas?
Quando no mundo on line países estão reduzindo postos diplomáticos, concentrando-os por regiões. A estratégia, a política de mais embaixadas, foi por votos para a candidatura de Lula à Secretário Geral das Nações Unidas, lançada por Evo Morales a pedido de Fidel Castro e Hugo Chávez?
Por que, e para que, “pancadas de baixa intensidade nos Estados Unidos”? Foi em apoio aos ataques de Hugo Chávez ao Império, ao Negrito de Washington, discurso racista que o governo do Brasil apoiou?
Por que, “segredos de Estado” nos acordos e negócios de Lula e Hugo Chávez? Esses contratos foram benéficos ao Brasil?
Por que, 99% dos brasileiros não sabem ou não procuram saber sobre os “segredos de Estado” em contratos e obras financiadas com dinheiro brasileiro, em Angola, Cuba…?
Por que, Lula ressuscitou Fernando Collor, seu maior inimigo publico, “corrupto, ladrão”, e o colocou na presidência da Comissão de Relações Exteriores do Senado?
Por que Dilma, em discurso na ONU, pediu “diálogo” com o Estado Islâmico, no momento em que terroristas decapitavam jornalistas? Por que ela volta pedindo Dialogo. Usando o relativismo ideológico, social. Dialogar com corruptos? Dialogar com canalhas? Dialogar com bandidos é aprofundar o poço da impunidade. Deixar “tudo relativamente igual” dialogando com os que estão esfarelando o país?
Por que, o governo Lula/Dilma nunca faz declarações contra o apedrejamento, o estupro coletivo de meninas, e a mutilação sexual de mulheres?
Por que Dilma e Lula não dizem ao Evo Morales: “Companheiro, queremos o gás, o petróleo, exportaremos o que a Bolívia precisar. MAS, A PARTIR DE 24 DE AGOSTO vamos atacar de todas as formas o trafico de cocaína.
A Federal prende a “isca”, o despiste de duas toneladas, mas, estão passando dez. Cocaína e o crak aumentaram homicídio, todo tipo de crime e violência. A droga que vem de seu país ESTÁ destruindo a juventude brasileira. BASTA EVO”. ( na imagm 1 Evo ensina a Lula as vantagens “terapêuticas” da folha de coca)
Por que Lula e Dilma ressuscitaram a Tríplice Aliança contra o vizinho Paraguai? Por que a presidenta permitiu que Patriota, seu ministro de relações exteriores agisse como capacho de Nicolás Maduro, o troglodita ministro de relações exteriores do moribundo Hugo Chávez? Ambos “invadiram Assunção” e exigiram que o ex-bispo Fernando Lugo, destituído pelo senado paraguaio, continuasse na presidência.
Por que, o ministro de Relações Exteriores não aconselhou o presidente Lula parar de fazer afagos públicos em Omar Kadafi? “Pegava mal, Lula se exibindo de mãos dadas e abraços com Kadafi” (diplomata aposentado).
A embaixada do Brasil em Trípoli atuava passivamente a ponto de não saber das violentas alucinações praticadas pelo ditador em seus últimos anos de vida contra rapazes e moças que ele aliciava, com ameaça e força, para as suas taras sexuais?
Por que, a embaixada não informou o estado físico e mental de Kadafi? O mundo todo sabia que ele acordava e dormia (quando dormia) chapado de haxixe e heroína, cigarro, álcool, (proibidos pelo Alcorão). E que uma rebelião era iminente? Omar Kadafi morreu como um cachorro louco que foi.
Por que, a embaixada não se interou, e informou que um dos filhos de Kadafi, aquele que queria ser jogador e mandava no futebol, no vestuário, em ato de arrogância, fez o gesto de limpar a bunda com a bandeira do Brasil?
E os acordos e negócios fechados por Lula e Kadafi? E as obras de empreiteiras brasileiras na Líbia? Quem vai pagar a conta? Quem vai recuperar o tempo perdido por Lula, que não era dele, e sim da nação?
Por que, Lula/Dilma, e seus assessores internacionais, não se interessaram em analisar as viagens midiáticas de Hugo Chávez a Havana para tratar um câncer na “área pélvica, curado pela medicina cubana”?
O presidente da Venezuela era doente terminal. E com ele foram-se os acordos e negócios com o presidente do Brasil. Quem vai pagar mais essa conta? Quem vai recuperar o tempo perdido, já que tempo de presidente não é dele, é da nação?
Quem vai pagar a conta do fracassado Cyclone 4?
“O Brasil decidiu cancelar unilateralmente o acordo bilateral que assinou com a Ucrânia em 2003 para a construção de um foguete lançador de satélites (Cyclone 4) e de um centro de lançamento na base de Alcântara (MA).
“O projeto recebeu investimento de R$ 1 bilhão desde que foi iniciado o acordo de cooperação em 2004. Os gastos foram divididos entre os dois países”. Mais R$ 500 milhões pelo ralo do sempre falado ajuste fiscal.
O que motivou o Acordo Brasil/Ucrânia: Tecnologia? Ideologia? Propina? Por que o ministro de Relações Exteriores não advertiu que havia um avanço russo sobre a Ucrânia e que um conflito seria inevitável?
O fim do Acordo com a Ucrânia foi por pressão de Putin que passou a chamar Dilma de heroína brasileira tão ou mais que Anita Garibaldi, e precisa do Brasil como coadjuvante dos interesses russos no BRICS?
Relações exteriores sem debate é ditadura disfarçada
Relações exteriores sem debate é ditadura disfarçada. Temos diplomatas, historiadores, especialistas em comércio exterior, professores, jornalistas, com opiniões divergentes, para formar e educar o brasileiro em política externa.
Mostrar imagens de satélite já distribuídas pelo mundo, ler a legenda eletrônica, não é informar. Nem mesmo noticiar. A TV Globo prestaria um gigantesco serviço ao país promovendo um Crossfire, antes, ou depois, de uma de suas muitas novelas, em horário nobre, entre, por exemplo: Marco Aurélio Garcia, o Assessor de Lula/Dilma para Assuntos Internacionais e Mangabeira Unger, o brasileiro mestre em Harvard, também assessorando o governo.
Por Mato Grosso, e a sua extensa fronteira seca com a Bolívia, no governo estadual, promovi alguns debates do gênero: Conheça seus vizinhos. Trabalhei na sempre falada Saída para o Pacifico. Fomos à Bolívia, Chile. Recebemos embaixadores, empresários, em Cuiabá.
Mas, não há na mídia mato-grossense, nas universidades, escolas, nenhum programa voltado para as relações exteriores do Estado, do país. O mesmo deve estar acontecendo nos demais estados fronteiriços.
MERCOSUL, UNASUL, BRICS
No presidencialismo a política externa é definida pelo presidente, Mas, quando o Chefe da nação não tem doutrina, rumo, definição, atua no improviso, o governador também não faz nada em política externa, área “exclusiva do governo federal”.
Quantos brasileiros sabem o que é e representa para o nosso país MERCOSUL, UNASUL, BRICS? Porém, se tivéssemos na mídia televisiva, jornalistas, entrevistadoras, com o compromisso nacional e profissional de uma Barbara Walters, uma Ophra Winfrey;( “antes de ser uma apresentadora, jornalista, sou americana” ); se tivéssemos programas/especiais/ de política externa, receberíamos informações e opiniões sobre acordos e negócios que afetam a vida de todos nós.
Valeria Monteiro foi a primeira mulher na bancada do Jornal Nacional, a “Bíblia da noticia brasileira”. Glória Maria cavalgou, nadou, subiu montes, em reportagens para o Fantástico. Ana Carla Padrão, Fátima Bernardes, ficaram famosas e bem remuneradas lendo noticias em horário nobre. Mas, após décadas deixaram a noticia, a informação internacional por programas “amenos”, em horários “dona de casa”. A badalação no lugar da opinião.
Atualmente, com a rapidez tecnológica a repercussão da noticia é imediata. O correspondente tradicional vem sendo substituído por imagens on line. Mas, falta ponto-de-vista, o contraditório que forma opinião, e isso o “robô” da noticia não nos pode dar.
Com o assustador índice de pouca leitura, e por isso menos redação; com milhões de crianças, jovens, professores, vidrados, dia e noite, em seus celulares e vídeo-game, quem interpretará, escreverá, opinará, e dirá a noticia?
O que será do jornalismo da TV Globo, (por exemplo), e do Brasil, quando Alexandre Garcia, Miriam Falcão, Renato Machado, Sandenberg, Marilia Gabriela, Augusto Nunes, Boechat, Boris Casoy, Petry, Guzzo, Noblat, se aposentarem?
Por que, os donos de emissoras de TV não investem na formação de especialistas em relações internacionais, historiadores, analistas, redatores, tradutores? Será porque sendo eles brasileiros não se interessam por política externa, “assunto do governo”? Ou é o “Eu não penso, Lula pensa por mim”. Os alemães agiram assim com Hitler. Os russos deixaram Stalin pensar e agir por eles. O resultado está na Historia.
O que a TV Globo Internacional manda para a imensa audiência além das transmissões esportivas, (Futebol, Formula I) belas imagens da fauna e flora, e o noticiário “arroz com feijão de cada dia”, que já se sabe ao amanhecer?
Nada de balé, ópera, musicais, seriados culturais, científicos, históricos, biografias, entrevistas com personalidades mundiais? Uma vez por ano, a TV Globo mostra imagens do Brazilian Day/New York evento que eu criei em 1985 para celebrar o fim da ditadura militar e o dediquei a Tancredo Neves.
Debates Internacionais com Ilze Scamparini
A TV Globo tem Ilze Scamparini que vivendo na Itália pode ampliar e aprofundar o seu raio de ação com um programa tipo Debates ou Relações Exteriores. Ilze sabe quem é quem. Tem acesso a Berlusconi, ao Vaticano, a Ângela Merckel, aos Reinados europeus, e contaria com o experiente pessoal da emissora na Europa, Ásia, Estados Unidos para fazer inéditas e reveladoras entrevistas.
Ilze Scamparini pode ser sim a “nossa” Barbara Walters. E, se ela não puder a TV Globo pode investir em Cecília Malan. Tem Délia Ortiz na América Latina. Há gente qualificada nas universidades, diplomatas aposentados, pessoal de excelente formação nas empresas de exportação/importação. Mas, há que contratá-las e paga-las bem para que se dediquem a tema vital para o Brasil sair do Atraso tecnológico e do Isolamento diplomático.
Com política interna de baixa qualidade ética e moral, jamais seremos levados a sério em política externa, “Rua de duas mãos”. A TV é o grande canal, tribuna, bancada, pódio, através do qual o povo brasileiro poderá sair do obscurantismo, do “analfabetismo” em assuntos externos.
O brasileiro tem obrigação de saber o que o governo promete, anistia, constrói, financia, com o dinheiro e a imagem do país. Tem o dever de saber com quem o governo se relaciona e para onde está nos levando.
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