Roberto Costa: o DJ do Brasil

(Sete de setembro de 2021)

Nestes dias de confinamento, medo de contato físico, o que fazer para levantar o astral das pessoas? Faze-las rir, dançar, se divertir…

As proibições, impostas pelo vírus da China, fecharam as Disco. No more dance floor. As pessoas buscam restaurante, clube, hotel, com música. É aí que entra o DJ, aquele que sabe analisar o ambiente. Ler as pessoas.

Roberto Costa, que eu batizo: O DJ do Brasil, se consagrou “psicólogo” pela música. Tem a magia de escolher a música certa, na hora certa. Ele faz pessoas se divertir! Nesses tempos chineses, de medo, a terapia RC vale a million dollar!

Com essas proibições, não é fácil levantar o astral das pessoas. Estudo o perfil dos clientes que estão na casa. Vejo as reservas dos que virão. E as celebrações: aniversário, noivado, bodas de casamento, formatura, reunião de empresa, a nacionalidade dos clientes. Sinto o mood da noite. Passo a ler as pessoas. Para atende-las, tenho coleção de 41 mil músicas”.

Ler as pessoas? Como um Pai- de- Santo?

Rindo, Roberto faz o despacho: “Viro psicólogo, analista, pai- de- santo. Quando a noite esquenta, muitos vem falar comigo. Pedem dicas. Quando digo que sou brasileiro, ficam mais descontraídos, mais emocionais. Tocando o que Eles gostam, faço casais se amarem again, se entenderem”.

Foi assim: Na Rua mais rica do mundo, a 47 – butiques de diamantes, lojas de ouro, anel, pulseira, colar, pedras preciosas. Lapidação de brilhantes para Reis, Rainhas, artistas famosos – no único prédio de apartamentos, vivia o mineiro de Nanuque, Benito Romero, pioneiro e líder da nascente comunidade brasileira.

No 37 W da Rua 46, eu havia hasteado a primeira bandeira do Brasil no centro de New York. O jornal The Brasilians circulando. A Rua com butiques, restaurantes, agências de viagem, salão de beleza. Nascia a Brazilian Street.

Tem festa no apê do Benito.

Aos domingos: samba e românticas. E gente chegando. E mais girls americanas, gregas, francesas, italianas, descobrindo o som Brasil. E gostando de brasileiro, segundo elas, mais erótico, do que o Latin Lover, de fama duvidosa. (Benito tinha o Brasil no coração)

Gente namorando nas escadas. Gente na calçada. E passamos para música ao vivo. O som tremia as janelas do prédio. Chegando ao Rádio City, à catedral de St.Patrick. Perdemos o controle. O Síndico parou a festa.

Foram momentos inesquecíveis. Nos firmamos como comunidade que fez a diferença no Melting Pot nova-iorquino. No apê do Benito, sonhamos sonhos grandes na grande metrópole.

Nasceu aquela, que batizo de Brazilian Gold Generation.

Em seus dias de folga, o gaúcho Carlos Wattimo, em uniforme militar dos Estados Unidos, medalhas no peito, nos enchia de proud. Benito, carinhosamente, o apelidou de General. E gritava: “palmas, palmas, somos a única comunidade que tem um General”. Carlos Wattimo se fez empresário. Criou a Ipanema Discoteca, na Broadway, e a New York City Disco, em Ipanema.

E conheci o catarinense, com nome de modelo, Peter Martin, DJ na Tropicália discoteca. O Peter me fez conhecer a aeromoça com quem me casei, para obter o Green Card. (Visto de residência)

E, Hélio Gusmão, Delivery de encomendas, meu inquilino, alugava pedacinho do meu escritório. Partiu para outros negócios. Ficou milionário com Câmbio: remessa de dólar para o Brasil. O mineiro Luís, garçom, criou o Via Brasil Restaurante. É sócio- fundador da churrascaria Plataforma/NY. Tem Via Brasil, em Las Vegas.

E a mineira Tânia Mara, do Coisa Nossa, pioneira na venda de bolo-de-queijo nos Estados Unidos. Em sua caminhada ao palco do Brazilian Day, onde eu o esperava, Tania Mara deu um bolo de queijo com caldo de cana para Edward Koch. O prefeito de NY, comeu, gostou. Aceitou mais um. Uái, sô!

The Brazilian Sunday: Procurei lugar para atender aos que perguntavam por samba, caipirinha e garotas, como no apê do Benito. O francês Charles Gems, casado com a carioca Elizabeth, indicou Le Directoire, restaurante com pista de dança, na Rua 48 com a Terceira Avenida.

E aqui começa a história de sucesso do DJ Roberto Costa:

Dedicando a maior parte do meu tempo – ao jornal The Brasilians ao Clube Brasileiro de Viagem ao Brazilian Promotion Center às aulas de Português na American Express ao Carnaval do Brasil no Waldorf Astoria –convidei Peter Martin para tocar o Brazilian Sunday.

Consegui apartamento para ele, no mesmo prédio onde eu vivia, na Rua 53 com a Terceira Avenida. E Peter levou o Roberto para ajudá-lo na música. RC deu conta do recado. Gostando do que fazia, passou a DJ principal. (Peter e convidados no Le Directoire ).

Do Le Directoire Roberto foi para L’ Oubliette, no hotel Gotham, onde morava o cantor Tom Jones, liderando as paradas de sucesso, e com programa na TV. A discoteca sempre cheia de celebridades francesas, inglesas, americanas…

Ricardo Amaral, empresário da noite, levou Roberto para o Rio de Janeiro, afim de embalar as noites do Hipopótamos e Papagaio.

Após seis meses, Roberto é o queridinho de Regine, a dona da noite

Exclusivo da marca, Roberto inaugurou o Regine’s Montreal, Londres, Frankfurt, Buenos Aires, Chile. E o de New York.

 

Com Michael Jordan, super star do basquete 1. Com Julio Iglesias. 2. Brooke Shield. 3. O ator americano Woody Harrelson. 3. No Brazilian Day/NY. 5.  Amigas do DJ Brasil. 7. Com o ator Cliff Richard. 8. Com Steve Wonder. 9. Saravá, Saravá. 10. Com Regine, a patroa, que lhe abriu  portas do mundo. 11. Com admiradoras em Miami Beach.

Roberto sacudiu o Jackie O, na Via Veneto, em Roma. Restaurante/boate da primeira dama dos Estados Unidos Jackeline Kennedy/Onassis. Balançou St.Tropez. Energizou a realeza de Mônaco.

Atualmente, o DJ do Brasil mostra seu Know How de psicólogo da noite. Com a música certa, na hora certa, em restaurantes de fama mundial. Em clubes de milionários, de Miami Beach, Las Vegas. Mônaco. Viaja para alegrar eventos de celebridades em castelos.

“O Beautiful people, de alto astral, alegria, champagne, vinhos. As mulheres elegantes (vestidos esvoaçantes estão voltando). O ambiente super agradável, bonito. Dá gosto faze-los dançar. Eles adoram samba, batucada..aí vou lendo o humor das pessoas. Meto uma romântica, para o apertucho. No ritmo árabe sensual, uma elegante pode tirar o vestido e fazer um show sexy. Mas, tudo com classe, elegância. Eu passo energia, feeling.

Uma historia da influência do DJ no prestigio das pessoas.

Do meu apartamento na Park Avenue, caminhava quatro quadras ao Regine’s.

Adriana Krambeck, filha de catarinenses, chegou em Detroit com um ano de idade. Ela acabara de ser eleita Miss Michigan, no concurso Miss Estados Unidos/Miss Universo. A convidei para a inauguração do Regine’s.

Eu, 1.68. Adriana, 23 anos, 1.80 de altura, no auge das loiras Sharon Stone e Kim Bassinger, a lembrar Marylin Monroe. De sapatos altos, a nossa Miss ganhava mais uns 4 centímetros.

Àrabes bilionários, latinos ricos, artistas, VIP, aconteciam, ao chegarem, com mulheres maravilhosas, em restaurantes, teatros, no Regine’s. Montei o “show” da minha entrada com Tito, chefe dos garçons. Mesa, bem localizada, placa de reserva em cima. Tito avisava quando a pista de dança estava vazia. Entrava, com Adriana. Ela alta, loira, linda. Eu, baixo, mas, com pinta de Magnata- Novo Rico. Roberto tocava sucesso do momento. Duas garçonetes nos levavam à mesa. (Coisas da noite em Nova York).

Depois do Little Help from my Friends, no Regine’s, passei bons momentos com Adriana, em New York, Roma, Paris, Cuiabá. (No trem-bala, Paris- Roma)

Contente e orgulhoso, estou, com o sucesso de Roberto Costa DJ de prestigio internacional. Ele é da minha Brazilian Gold Generation/USA.

Trilha sonora:

Divulgue. Encaminhe www.oreporternahistoria.com.br. Envie seu E-mail e de amigos para ler textos opinativos. Contato: oreporternahistoria@gmail.com