O tigre de papel

16/3/2021

Mao-Tse-Tung, o líder da Grande Marcha, levou a China ao comunismo. Ele disse:

“Na aparência, é muito poderoso, tem garras e mandíbulas afiadas. Devemos destruí-lo pouco a pouco.

Por exemplo, se ele tem dez dentes partam-lhe primeiro um e ficarão nove; partam-lhe outro e ficarão oito.

Quando todos os dentes tiverem desaparecido, ainda terá garras. Se nos ocuparmos delas de forma gradual e persistente, certamente acabaremos por ser bem-sucedido. Os Estados Unidos não são senão um tigre de papel”.

Os jovens soldados vermelhos, atualmente no governo, com o Príncipe Vermelho- XI Pin- na liderança, cumprem os mandamentos, dogmas, tarefas, da revolução cultural: derrotar o tigre de papel, acabar com toda criação burguesa, criar um mundo novo sob comando da China.( 1. XI Pin, no campo, cumprindo tarefas da revolução cultural. 2. Xi Pin, presidente da China com Michel Temer, presidente do Brasil. Atualmente, Temer ocupa cargo no Conselho da 5G, da China)

Sem fuzil. Mas, com disciplina militar e maestria, o Partido Comunista faz uso correto das contradições capitalistas.

Cinema: Demoraram, mas, entenderam que o soft power é real. Investem pesado na produção de filmes. Em 2020, venderam 1,98 milhões de ingressos. Os Estados Unidos 1,93.

De olho no mercado chinês, se enganam, e se vendem. Produtores americanos estão aceitando censura do DCP (Departamento de Cultura e Propaganda) do Partido Comunista. Filmes de Hollywood são cortados.  A tesoura vermelha cortou 45 minutos do filme A Viagem, com Tom Hanks.

A contradição americana está em não perder o mercado chinês. Hollywood aceita Joint Venture e coprodução. Mas, o controle criativo fica com a China. Direitos humanos, problemas étnicos, feminismo…ficam fora do filme.

Usando o soft power, a China está comprando estúdios, emissoras de TV, Rádio, jornais, blogs, sites, espaços nobres. Quando não compra, patrocina. Empresta dinheiro novo para veículos de comunicação saírem do atoleiro financeiro.

Gananciosos ou imbecis- a começar por Henry Kissinger crendo que atrairia a China após o conflito sino- soviético- não sabem manobrar as contradições.

Moda, carros de luxo: Os milionários e novos ricos da China não vestem, não usam, não dirigem carros, Made in China. Querem do bom e do melhor. Há muito compraram ou dominam as Grifes internacionalmente famosas.

Casaco de pele de cachorro, de gato, coelho, de urso, de raposa…Carros caros.

O how to da moda ficou na China. Da Itália, chineses trabalhando na indústria têxtil e moda, foram celebrar o Ano Novo. Ao voltarem, trouxeram o vírus que se propagou, rapidamente.

Louis Vuitton, Ive St. Laurent, Hermes, Versace, Gucci…originais para os novos ricos. E  a bandeira da China na porta, a lembrar quem manda.

Industriais da moda, achando que estariam tirando proveito da mão de obra barata, entregaram: desenhos, croquis, dados preciosos dos famosos mestres da costura ocidental.

E o Made in China faturando cash nos milhares de quiosques e camelódromos, mundo afora. Cumprindo tarefa do PCC.

De espacito, espacito, a China usa as contradições do capitalismo USA

Os Estados Unidos cresceram tanto, que ficou sem comando, sem liderança. Seus princípios, sua história, seus heróis, desvalorizados. O primeiro dente do tigre foi arrancado no Viet Nam. Com 70% da tropa consumindo ópio, heroína, maconha, e sem apoio doméstico, saíram em retirada vergonhosa.

O trabalho político interno e externo, dos diversos grupos contra o sistema capitalista, atuaram com desinformação de excelentes resultados. A guerra no Viet Nam era sim uma guerra ideológica da Guerra Fria, como foi a da Coreia. Mas, plantaram nas universidades e na mídia, que se tratava de uma guerra de agressão.

Nobody in charge

A marijuana tida como droga de diversão, coisa de jovens e de intelectuais progressistas, abriu caminho para a cocaína como business de lucros estratosféricos. O tigre perdeu a guerra contra as drogas. New Jersey é o 14* Estado a liberar marijuana para “fim recreativo”. A vice presidenta Kamala Harris objetiva liberar geral. Ela é da Jamaica, ilha campeã no uso da maconha.

Mas o que tem a China com liberar maconha? 

A “guerra” pode ser fria, mas, nela tudo é quente. Vale tudo. Juntar e usar para destruir o tigre: anarquismo, esquerdismo, terrorismo, negrismo, pornografia, feminismo sexual, homossexualismo, drogas, corrupção, controle da mídia, das universidades…

Também perdeu para a imigração.

Cada Presidente, por prestigio e voto, a cada dez anos, anistia uns 10 milhões de estrangeiros. Imigrantes que constroem, contribuem. Mas, também infiltrados por grupos políticos, terroristas camuflados, bandidos, barões do narcotráfico.

Nos Estados Unidos, inventores, criadores, lideram em patentes: lâmpada, telefone, chiclete, computador, internet. Segue sendo o mais desenvolvido país do mundo em tecnologia, ciência, pesquisa…

Mas, sua Lei e Ordem está sendo atacada, para enfraquecer, abrindo caminho para os que querem destruir o tigre de papel. O documentário do casal Barack Obama, American Factory, promove chinês. Bilheteria garantida na China, para um presidente USA.

A previsão do velho Mao está em andamento: arrancar um dente, depois mais um dente, para enfraquecer, dominar, e rasgar o tigre de papel!

No Brasil, a China deita e rola. Não usa, necessariamente, a contradição capitalista. O PCC estudou, pesquisou, entendeu, que políticos, governantes, “homens da Lei”, não querem confronto de ideias, não estão preocupados com o presente e o futuro do país. Querem Money, vantagens. FHC, Lula, Dilma, Temer, tem compromissos com a China!

O agronegócio e a China: a grande contradição capitalista do governo Bolsonaro. (Em breve: www.oreporternahistoria.com.br)

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