Hong Kong inicia maior julgamento contra ativistas pró-democracia.” Este é o título de uma reportagem publicada na segunda-feira 6 pelo portal UOL. No texto, o site especifica o número de réus desse julgamento recordista: 47.
Alguma inveja dos brasileiros certamente sentiram os chineses que descobriram a façanha ocorrida na América do Sul.
No Brasil, foram encarcerados numa única operação policial nada menos que 1.398 manifestantes “antidemocráticos” — adjetivo criado pelo Supremo Tribunal Federal e avalizado pela imprensa velha. Dos 916 que permanecem atrás das grades, quatro têm mais de 70 anos. Outros 20 já passaram dos 60. E a média de idade entre as mulheres é de quase 50 anos.
Se em Hong Kong a turma dos “ativistas mais proeminentes da cidade” inclui um acadêmico e um ex-parlamentar, no Brasil, ela tem outra composição:
donas de casa, aposentados, comerciantes, eletricistas, professores, advogados, até desempregados. Para abrigá-los de uma vez só em dois presídios da capital, um mundaréu de criminosos comuns foi dispensado de dormir numa cela.
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