Moscou, 23 horas, 23 de novembro, 1963: Mataram o filho da puta, mataram el hijo puta…os gritos vinham do andar de cima. Mais vozes. Subi. Lá estavam José Peraza e Porfirio Miranda meus colegas em Direito Internacional, o Chino com sua calça de guerrilheiro. Chegaram as muchachas Araceli, Marcia, Izabel, Conchita…
Abriram uma garrafa de rum (a cachaça cubana). Chegaram estudantes da Nicarágua, El Salvador, México, Venezuela…Entrou uma tumbadora, um violão, e todos dançavam mambo, cha-cha-chá, salsa…com gritos de Viva Cuba!
John Fitzgerald Kennedy, o 35* presidente dos Estados Unidos, foi assassinado em Dallas, Texas. Na universidade não tínhamos TV, Rádio. A noticia chegou 12 horas depois, por mensageiro da embaixada cubana.( Lee Oswald, o assassino)
A invasão de Cuba: o maior erro de Kennedy
Presidente, governador, prefeito, gestor público, mal assessorado, é uma merda. Quando Fidel Castrou tomou Havana, o presidente dos Estados Unidos era Eisenhower, herói da Segunda Guerra Mundial. Ele cogitava invadir Cuba. “Ilha comunista” nas barbas do Tio Sam.
Cubanos fugiram para Miami. Todos queriam a invasão para tirar Fidel do poder. A CIA penetrou na comunidade cubana. E assim nasceu a Brigada 2056 com mil e 500 jovens para libertar Cuba.
A cagada aconteceu no dia 17 de abril de 1961.
Eles esperavam 16 aviões de apoio. Kennedy não queria que a invasão fosse vista como oficial do seu governo. Não autorizou marines. E só permitiu 6 aviões “disfarçados” para jogar armas e alimentos. As 15 horas de 19 de abril já estavam derrotados, presos. Na ocasião, ninguém perguntou: como Fidel sabia o lugar exato do desembarque? Anos depois, fiquei sabendo. O erro de Kennedy continua dando desdobramentos negativos para os Estados Unidos.
O IBOPE de Fidel, do Che, subiu aos píncaros da gloria revolucionária. Com a invasão, Fidel Castro encontrou o discurso que não largou mais: honra, dignidade, pátria. A juventude mundial ao lado de Cuba. Cresceu o movimento contra os Estados Unidos, patrocinado pela URSS, bloco socialista, China…
A crise dos Mísseis: o blefe de Nikita Kruschev
Aproveitando o fracasso da invasão, Kruschev enviou técnicos, médicos, instrutores militares, equipamentos, alimentos, para Cuba. Aceitou receber açúcar por petróleo. A URSS recebeu milhares de estudantes cubanos.
Os aviões espiões USA seguiam a frota dos cargueiros em direção a Cuba. A paranoia na TV: estão trazendo mísseis com ogivas nucleares. A guerra URSS X Estados Unidos, inevitável. O povo sendo treinado para viver nos esconderijos nucleares. O pânico tomou conta dos Estados Unidos. Kennedy já havia perdido uma. Não podia perder outra.
Naquele setembro de 1962 eu estava em Moscou.
Pouco se sabia da crise dos Mísseis. Mas Deus é cuiabano. Henrique Rodrigues Valle, embaixador do Brasil, de Corumbá, irmão de Helia Ponce de Arruda, esposa do governador de Mato Grosso, João Ponce de Arruda. Eu, de Cuiabá. Passei a ter acesso a jornais, revistas, e notícias de outras embaixadas. Assim, acompanhei a maior crise da Guerra Fria. (Sinuca com o embaixador Henrique Rodrigues Vale).
Na URSS, Breznev liderava grupo para tirar Kruschev do poder.
O Comitê Central do PCUS, formado por combatentes da Segunda Guerra Mundial, jamais autorizaria ogivas nucleares. Mas, com Cuba no bolso. Com Kennedy acuado. Com Yuri Gagarin, o primeiro cosmonauta do mundo. Nikita Kruschev dobrou a aposta. Aumentou o número de cargueiros com camuflagens. Russos e cubanos faziam escavações. Para esconder o que?
Kennedy foi obrigado a conversar com Kruschev
O pânico da terceira Guerra Mundial obrigou os dois K amaciarem as tensões. Kruschev conseguiu o que queria: o presidente dos Estados foi se encontrar com ele, na Europa: Kennedy jamais invadiria Cuba. Kruschev prometeu retirar os Mísseis. Enfileirou os navios, mas, dessa vez, sem camuflagens, com os mísseis expostos.
Quando soube do blefe de Kruschev, Che Guevara rodou a cubana.
Che Guevara soube do blefe de Kruschev (não havia ogiva nuclear nos mísseis). Desligou-se do governo, e foi criar, na Bolívia, o seu Viet Nam, para atear fogo nos Estados Unidos. Um cubano da CIA lhe deu o tiro de misericórdia, pondo fim à sua aventura.
O assassinato de Kennedy. A renuncia de Nixon. A vergonhosa retirada do Viet Nam. A invasão da embaixada dos Estados Unidos no Irã. A retirada do Afeganistão. A política de imigração. A invasão chinesa nas universidades, nos centros de Saber e Tecnologia, na indústria cinematográfica, nas redes sociais. A vitória do dissimulado Barack Obama criou grupos de pressão poderosos. O escândalo Diddy é a cara dos novos ricos arrogantes da geração Obama…
Vem aí mais livro, mais filme, sobre a morte de John Kennedy. Quem preparou Lee Oswald? Morto dentro da prisão, por um atirador da KGB, do FBI, de Fidel Castro, da China, da Máfia?
O fato é: após a morte de John Kennedy trauma coletivo tomou conta dos Estados Unidos. A marijuana (maconha) penetrou fundo nas escolas, universidades, show business. Milhões de jovens “viajaram”, “fugiram” do confronto nuclear. Hoje, são executivos, professores, artistas, políticos, dopados pela maconha. Dos anos 80, em diante, a cocaína colombiana chegou a Wall Street, Congresso, Hollywood…
O tigre de papel: Mais de 100 mil jovens americanos mortos por overdose de Fentanil, droga Made in China. Milhares de Zumbis. É o tigre de papel sendo esvaziado, furado.
O sonho de Barack Obama se tornando realidade:
Substituir o atual sistema eleitoral pelo voto universal (como no Brasil). Imigrantes colocados nos Estados Unidos pelo esquerdismo latino, pelos radicais muçulmanos, por grupos terroristas, pela corrupção, pelo narcotráfico, se tornam eleitores, fazendo crescer as chances de Barack Obama se manter no poder, elegendo Presidentes.
Os erros do presidente Kennedy, 61 anos após a sua morte, abriram portas para os inimigos dos Estados Unidos atuarem dentro do país, minando as essencialidades da nação que mais produziu benefícios para a humanidade, na Ciência, Pesquisa, Tecnologia, Modernidade.
Editor Jota Alves. Divulgar. Encaminhar www.oreporternahistoria.com.br. Contato: oreporternahistoria@gmail.com