I hate São Paulo, I love New York (I)

Trilha sonora:

Caetano-Veloso-Sampa.1978

[audio:http://www.oreporternahistoria.com.br/wp-content/uploads/2012/09/Caetano-Veloso-Sampa.mp3|titles=Caetano Veloso – Sampa] [audio:http://www.oreporternahistoria.com.br/wp-content/uploads/2012/09/Liza-Minnelli-NEW-YORK-NEW-YORK-1991.mp3|titles=Liza Minnelli – NEW YORK, NEW YORK 1991]

Liza Minnelli – NEW YORK, NEW YORK.1991

De Cuiabá: 40 graus. Portal da Amazônia. Do Pantanal. Cercada por 4 mil focos de queimadas. Clima de deserto. 10%  dos 60% recomendados de umidade do ar. ____________________________________________________________________________

O que mais ouço em São Paulo: “Ta um inferno”. “Essa cidade não tem mais jeito”. “Isso aqui é uma desgraça”. “Sou obrigado a viver aqui, mas odeio São Paulo”. O cidadão com carro desabafa contra o prefeito, guarda de trânsito. Contra outro motorista. Xinga motoboy. A locomotiva do país que se orgulhava de não poder parar está parando. Caótica. 

O que mais ouvia em Nova York: “Adoro essa cidade”. “Me sinto segura aqui”. “Não tá fácil, mas sigo em  frente”. “Tudo aqui funciona”. “As oportuniddes estão aí é só correr atras”. “Eu gosto. Eu amo Nova York”.

A psicóloga, mestra e amiga Adriana Berger, adverte os que viveram em importantes cidades do exterior e regressam: “Se comparar, adoece, enlouquece. Brasileiro tem medo de comparar”. No preto e no branco foge da raia. Confrontado com mazelas, incompetência, corrupção, sai pela tangente “ideológica”. Dá desculpas esfarrapadas. Justificativas “emocionais, religiosas”. Ou um deixa pra lá na maior cara-de-pau. Na Moral.

Como faz o presidente Lula diante de realidades a ele indesejáveis: não sei, não vi, não ouvi. Ou como o seu novo amigo Eleitor de primeira grandeza, ex-prefeito e governador que nega ter “dólares paulistanos” no exterior. Ou no julgamento do Mensalão que “nunca houve”.

Descobrindo São Paulo

 

Calçadas e Ruas do centro historico finalmente livres para andar, admirar. Forasteiros “ideologizados” destroem o que imigrantes construiram. Brasileiros degradando patrimonio e história de brasileiros.

Nada de comparar. E sim mostrar. Informar. Opinar. Sugerir. Para melhorar. Para resolver. Penso em uma série sobre Nova York, tambor do mundo, onde vivi vinte e cinco anos ininterruptos, com a qual contribui. E a São Paulo que “descobri” onde vivo há dez anos. Para ilustrar: imigrantes são estrangeiros em Nova York ou em São Paulo. Forasteiros são brasileiros ou norte-americanos. Desta vez me limitarei a dois RH.

Estou descobrindo as belezas arquitetônicas e históricas de São Paulo. Da era do café. Dos anos 50/60/70/80. Gosto de caminhar pela cidade aos domingos. Em sua plenitude de calma. Mas, mesmo em plena luz do dia, há perigo em cada esquina, em cada praça. Desfrutar do seu clima ameno noturno, nem pensar.

Costumo caminhar bem cedinho tentando não pisar em merda de adultos, crianças, animais, lixo. Sob o odor da urinação da noite anterior nas portas e calçadas de estabelecimentos comerciais legalmente instalados. Pagadores de impostos. Durante a semana sujeira e poluição de todo tipo.

Calçadas entulhadas de pessoas vendendo produtos piratas, De contrabando. Muitos surrupiados. Sonegando impostos. Redes varejistas, braços do rico e poderoso crime organizado, usam crianças, deficientes físicos, mentais, idosos doentes, para vender escova de dente, pente, caramelos, agulha, linha… Para sensibilizar.

Mostrando assim “a desumanidade de São Paulo”. “Eles precisam trabalhar, para não roubar”. E outras justificativas repetidas por falsos humanistas, religiosos, esquerdistas profissionais de eleições. Estão é praticando delito, contravenção, crime, a céu aberto.

Cosmetologia do “forasteiro coitadinho” para camuflar assaltos a caminhões com produtos nas estradas. Roubo em fábricas. Em navios. Reis do contrabando da “exemplar China comunista” dominam o lucrativo business de vendedores ambulantes em competição criminosa.

A cidade não deve ser Abrigo, Acampamento, Albergue

Como vivem nunca serão recuperados. “Salvos” ao Senhor, à sociedade. Dar-lhes novas possibilidades fora das Ruas, isso sim, é respeitar os direitos humanos. Deixá-los como estão é usá-los como “cabos eleitorais”.

São Paulo é a capital do estado sustentáculo da economia nacional. È imagem do país. Desajustados, descamisados, drogados, alcoólatras, doentes, crianças e idosos sem lar, devem receber assistência social, médica. Sem nenhum tipo de violência, em abrigo, albergue, orfanato, centros de recuperação. Mas, fora das calçadas, Ruas, praças, parques, viadutos.

Mas, o lulismo não tem atitude pró São Paulo. Cresceu no quanto pior, melhor. Mais votos. Na agitação e protesto contra adversários na Prefeitura, no Governo. Contra a São Paulo “capitalista”. Dos exploradores. “De gente branca de olhos verdes”. Insuflando a luta de classes e pregando a ditadura do proletariado que nunca tiveram coragem de assumir.

A “ideologia”, está provado, é a do voto, do poder, da corrupção. Política corrosiva, destruidora, criminosa. O mesmo cardápio para todas as cidades. O projeto Nova Luz, por exemplo, que objetiva recuperar, restaurar, dar vida nova a area da Estação da Luz, importante marco histórico da cidade, é combatido como “higienista”, fascista, por não “estar voltado para os viciados, seus dependentes, os sem teto, os catadores de latinhas, papelão”. A Cracolandia em São Paulo, e por todo Brasil, é uma marca dos nove anos do governo Lula.

A Boca do lixo de Nova York

      

Antes de conhecer a Boca do Lixo de São Paulo conheci a de Nova York. Da Rua 40 a 50, da Sexta Avenida a Nona. A Rua 42 na Times Square/ Broadway artéria principal do “Pedaço da carne”. Como um dia foi a Rua Triunfo, Aurora, Vitória, Major Sertório, Andradas, em São Paulo.

Posso dizer que conheço bem a ilha de Manhattan. Uma das cinco que formam a grande Nova York. Tive o professor Cesar Iázigi como um bom parceiro de caminhadas, dicas e ensinamentos. Cheguei a caminhar da Rua 65/Central Park ate a Battery Place lá na ponta da ilha de cara com a Estátua da Liberdade. Conhecer Nova York vazia, a pé, aos domingos, é bom, muito bom. Por mais de vinte anos caminhei de casa ao trabalho.

Não havia crack. Mas, a heroína matava muita gente. Cocaína, coisa de endinheirado. Muita maconha mexicana. Nos cinemas da Rua 42 assistia-se a dois filmes por um dólar. Lojas de sexo. Prostitutas. Travestis. Ladrões. Pregadores religiosos. Matadores profissionais.

    

A Rua 46, Little Brazil, onde hasteei a primeira bandeira do Brasil, faz parte da Broadway/Times Square. Começa no prédio da ONU, East River, atravessa a Quinta Avenida e segue ate o West River, e o mar. A minha vida girou naquela região. Na 46 fui assaltado duas vezes. Numa delas amarrado. Promovia mais um Carnaval no Waldorf Astoria, portanto, “deveria ter dólares no escritório”.

Da falência e baixo astral à recuperação e altíssimo astral

Vivi os dias do baixinho Abraham Beame o prefeito que estava levando Nova York à falência. Passei por dois mandatos de Edward Koch o prefeito que nos concedeu a primeira licença para fechar Ruas do centro de sua cidade para o Dia do Brasil. E discursei em reunião de líderes comunitários terminando com um Avanti Giuliani ao candidato. Prefeito, ele enfrentou a maior tragédia da cidade. O 11 de setembro.

Vivi anos de confrontos raciais. Guerra de gangues. Aumento da mendicância e homeless. Desordem. Dilapidação. Sujeira. Grafitagem em trens, prédios, parques, praças. Alto índice de criminalidade. Ameaças e atentados terroristas. O South Bronx seria a Cracolândia paulistana. Muita devastação. Multidões injetando heroina. Invasões de edificios. Prédios queimados. Brigas. Assassinatos. A Rua oito dos Hippies. O East Village da pesada. Bowery com alcoólatras e prostitutas em fim de vida. O Harlem “proibido”. El Bairro crescendo com arruaças, facadas, sujeira.

         

O SOHO com seus casarões, galpões abandonados. Boca de heroína. Dormitório. Perigoso de dia e de noite, foi magistralmente recuperado. Atualmente, àrea nobre da cidade. Ao lado do Village, território boêmio, da universidade de Nova York. Do meu mukifu na Prince Street.

“I want to be part of it”

Mas, o que faz Nova York conhecida como Big Apple e também como Melting Pot acolher cada vez mais imigrantes, forasteiros, e absorver todas as diferenças raciais, étnicas, sociais, sexuais, religiosas? E dar a volta por cima? E estar sempre no topo do mundo?

O que essa cidade realmente maravilhosa, espetacular, acolhedora, saudável, competitiva (“If I can make it there I gonna make it anywhere”) tem que faz o imigrante, o forasteiro, lutarem para se integrar e querer ser nova-iorquino? Depois do medo, dos problemas e angustias na adaptação do novo modo de viver, vem o “I want to be part of it”.

Por que Nova York é vencedora e São Paulo perdedora?

      

Há povos de fracasso. Há povos de sucesso. A História está cheia deles. Comparar São Paulo com Nova York  frustra. Pira. Nova York tem sempre alternativas para a qualidade de vida de seus habitantes que se unem e defendem projetos reabilitadores, restauradores. A cidade esta cada vez melhor para se viver.

O proud paulistano, justíssimo e necessário, mostra números, cifras colossais, mas, embaça o raciocínio lógico, claro. È péssimo para a Mídia, para a intelectualidade quase sempre “ideológica”, para a Paulicéia Desvairada, ficar tapando o sol com a peneira. Auto-estima sim, mas sem mentiras. Quais os indices de qualidade de vida do paulistano? Viver em São Paulo está cada vez melhor?

O que faz Nova York vencer obstáculos e desafios? E estar cada vez melhor, mais vibrante, mais cultural, mais “humana”. È a neve? São os brancos de olhos azuis e verdes que Lula abomina? São os judeus que dominam o Real Estate Business e muitos outros?

Os negros de Nova York são mais negros que os de São Paulo? A Parada Gay que lá começou é melhor que  a paulistana? Os imigrantes de NY são mais trabalhadores? Cumpridores da lei? Os forasteiros que desembarcam aos montes são diferentes em quê dos forasteiros que chegam a São Paulo? Nova York é vencedora por ser o berço do Império segundo Hugo Chávez, Evo Morales, Marco Aurélio Garcia?

Por que São Paulo se transforma em cidade perdedora? È o calor? O frio? As novas torres de edifícios? A quantidade de carros? O trânsito?

Perguntas para o paulistano (o brasileiro em geral) se entender melhor. Buscar soluções.

Excelente material investigativo, sociológico, antropológico, para universidades, IBGE, para o Globo Repórter transmitindo tratamento com folhas medicinais em horário nobre. Para os demais Repórteres. Para a TV Record Internacional. Para a TV mais feliz do Brasil. Para a TV líder nos esportes.

Para a grande Mídia e Publicitários. Para formadores de opinião. Todos deveriam estar sacudindo a poeira de São Paulo. Encarar a realidade. Sair do superficial.  Do troca-troca televisivo: eu te entrevisto você me entrevista. Confete. A programação da líder, TV Globo, é para promover novela, o carro chefe da grade.

E para atrair e dominar a “classe média emergente”. A nova burguesia, que tanto a cartilha lulista pseudo marxista combateu como claudicante, não confiável, vulgar, aliada dos exploradores. A moda do momento é tema “filosófico” de frases soltas: Amor, Sexo, Piedade, Fé, Ciume, Fama, Ternura… No abstrato. Na Moral.

Não há programas discutindo questões concretas, vitais, de São Paulo, do país. Afinal TV no Brasil é “presente, é Bolsa”, do governo, portanto, teoricamente, do povo. Noticiar, “filosofar”, não é informar, educar. O mesmismo mantêm o IBOPE. (E isso é o que interessa). È necessário devolver a São Paulo a garoa do frescor das alternativas. De estilo novo de pensar, agir, viver.

A Mídia. Os craques publicitários da Madison. Intelectuais. Financistas de Wall Street. Empresários. Políticos. Artistas. Religiosos. Imigrantes. Forasteiros, acodem Nova York nos momentos de crise. Deixam suas diferenças e se unem contra a baderna. Não permitem que degradem. Que “seqüestrem” Nova York! Na teoria dos 10% de cada um para a  cidade. Para o país. Dez por cento de todos, somados, já está de bom tamanho.

O brasileiro tem medo de comparar, de ficar cara-a-cara com realidades, decepções.

Adriana Berger: “Nova York e São Paulo se assemelham em números. De consumo de pizza, por exemplo. São Paulo tem cifras que impressionam. Mas acabam não significando nada diante da bagunça urbana. Assaltos a restaurantes com clientes almoçando, jantando. Horrível para qualquer tipo de turismo. Para o comércio. Para a imagem da cidade. Uma cifra: a possibilidade de você ser assaltado na Quinta Avenida das 20 horas às 6 da manhã é de 9% . Na Avenida São João é de 90%”.

“Para que teatros, museus, exposições, parques, se é difícil e perigoso o ir e o vir? O paulistano tem que sair da nostalgia cultural, musical. Deixar de ver e admirar a história de sua cidade, passivamente. E ativamente participar do presente e do futuro de São Paulo. Como faz e ensina Andrea Matarazzo, servidor público paulistano. O uso confuso, distorcido, esperto, de ideologia, e a corrupção que produz impunidade, impedem São Paulo de dar a volta por cima. De se limpar. Ser alegre, segura, bonita. Cidade “boa para se viver”.

Os Quatro kavaleiros do apocalipse paulista

          

Cada um a su manera foi arrebentando. Arregaçando. “Construindo”. Fazendo vista grossa à destruição de mananciais, invasão de areas verdes rurais e urbanas. De prédios. De casarões históricos. Tudo pelo voto, pelo eleitoral. Minhocão. Viaduto. Atalhos. Quebra-galho. Milhares de prédios construidos no “excesso” , sem Código de Postura. Gambiarras sociais. A oligarguia sindical das montadoras e das multinacionais de veículos e motos felize$ com as isenções fiscais para mais carros, mais motos. O trànsito, a qualidade de vida do paulistano, que se phodam. Os kavaleiros do apocalipse paulista usaram a prefeitura, o governo, o povo, para projetos pessoais, de eleição. Poder e dinheiro. Muito dinheiro. E caos.

“Não vamos recuar muito no tempo. Fiquemos nos últimos sessenta anos. São Paulo pariu quatro “líderes” populares desagregadores, oportunistas, espertalhões. Ademar de Barros do “rouba, mas, faz”. Jânio Quadros, desequilibrado mental, manipulador inteligente. Vitorioso nas urnas. Renunciou à presidência da República. Deixou a nação com as calças na mão. Paulo Maluf ex-prefeito, governador, deputado federal. Se deixar o país será preso pela Interpol”.

“E Luis Inácio Lula da Silva filhote dos rachas ideológicos. Da abertura lenta e gradual de Geisel e Golbery. Duas vezes presidente da República. Usou ideologia enquanto lhe convinha para criar partido e ganhar eleição. No poder e já sem nenhuma ideologia e princípio ético parte de seu grupo descambou para a corrupção. Dois presidentes de seu partido são réus do Mensalão em julgamento no STF”. (continua).

(No próximo RH, como Nova York recuperou suas áreas degradadas. Saiu do baixo astral para continuar verdadeira cidade maravilhosa. A Cracolandia mancha, envergonha São Paulo)

 

 Editoria de arte/Folhapress

 Trio faz arrastão em restaurante de Higienópolis, em SP

 

Mesmo com a Polícia Militar reforçando o efetivo em regiões de bares para combater arrastões, um grupo assaltou clientes do restaurante La Frontera, anteontem, em Higienópolis. Foi pelo menos o 30º ataque a bares e restaurantes neste ano na cidade.

 No assalto ao La Frontera, pelo menos 17 pessoas tiveram seus pertences roubados. Segundo a polícia, os três bandidos estavam armados. Eles chegaram ao local por volta das 23h em um Honda Civic branco.

 Após dominar os funcionários e os clientes, os criminosos levaram o dinheiro do caixa e começaram a recolher os pertences dos fregueses da casa, especializada em culinária argentina. Apenas de uma das vítimas os três criminosos levaram R$ 1.000, dez cartões bancários, iPhone, iPad e relógio.”Foi terrível. Mas graças a Deus ninguém ficou ferido”, afirmou um funcionário que não quis se identificar. Segundo ele, a ação foi rápida.

Os criminosos usaram o mesmo carro para fugir do local. Nenhuma das testemunhas conseguiu identificar a placa do veículo. A PM fez buscas na região, mas não achou os suspeitos. Até a de sexta, ninguém havia sido preso.

SEGURANÇAS

O La Frontera dispõe de câmeras de segurança. A polícia já solicitou as imagens aos proprietários do estabelecimento para tentar identificar os criminosos.

Em maio, em meio à onda de ataques a bares e restaurantes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou medidas de segurança para conter os arrastões.

 Entre elas estão aumentar o policiamento em datas festivas –como ontem, Dia da Independência–, tirar 7.000 PMs de funções administrativas para colocá-los no patrulhamento das ruas e orientar empresários do setor de bares e restaurantes a investir na segurança. (RAFAEL ITALIANI) 

 O avião invisível

Durante a última campanha presidencial a candidata da continuidade falou muito sobre o avião invisível para a solução do tráfico de drogas.

Disse que o Brasil já tinha adquirido essa maravilha tecnológica dos israelenses e que logo entraria em ação.

Isso foi exaustivamente repetido nos programas gratuitos do Tribunal Regional Eleitoral e em todos os inúmeros debates pela televisão.

O nosso Estado, que possui uma fronteira enorme com um dos países produtores e exportadores de drogas, a notícia era alvissareira, se não fosse mentira para enganar o eleitor.

Assim mesmo a candidata dos aviões invisíveis perdeu por aqui, no primeiro e segundo turnos.

Passados dois anos dessa promessa, uma revista de circulação nacional informa que, no momento, o Brasil só tem um desses aviões, recolhido em um hangar no Paraná.

Os seus equipamentos foram encaixotados após a festa da sua chegada, e estão assim até hoje.

O outro comprado pelo governo brasileiro, ainda encontra-se em Israel.

O programa encomendado é da aquisição de catorze vans, por R$ 655 milhões, segundo o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. 

O governo já gastou R$ 73 milhões nesse projeto, cujo único avião é visível em um hangar.

Essa máquina voadora é tão perfeita, que é capaz de filmar e fotografar a placa de um carro ou o rosto de um traficante, a nove quilômetros de altura.

Enquanto o governo brasileiro não decide com quem ficará o avião cego no organograma do poder, toneladas de cocaína atravessam as nossas fronteiras para abastecer o mercado interno e externo, e o bolso dos barões do tráfico.

A violência tomou conta de Cuiabá, uma das rotas preferidas pelo tráfico. Crianças de quinze anos são assassinadas, outras são queimadas vivas no ponto de venda da droga.

Na tenebrosa história da guerra do tráfico existe uma pedra no caminho, tão poderosa que amarra um avião num hangar.

Gabriel Novis Neves: Médico. Foi reitor da Universidade Federal de Mato Grosso.