Trilha sonora: Cumbia boliviana. Nonato do Cavaquinho, Rádio Forró Brega, Youtube
Autoridade boliviana, policial, entregou os presos para o assassinato macabro. Na fronteira prometem revidar. O governo brasileiro responde à barbárie com lentidão e fraqueza. “Cuspiram na cara coletiva do Brasil. Evo Morales deve desculpas a Mato Grosso, ao país. “Antes de bandidos, cidadãos brasileiros.”
A coisa na fronteira Mato Grosso/Bolívia ta feia. Aliás, sempre esteve ao longo de 150 km de fronteira seca e mais uns 820 km pantanal adentro. Lula e Evo Morales tomaram tanto chá de coca que acabaram não fechando Acordos fronteiriços inovadores, sólidos. Quando um “evento” acontece, como a barbárie em San Matias, volta-se às promessas, algumas ações policiais.
Lula prometeu. Dilma confirmou. Mas, onde estão os aviões silenciosos, helicópteros, lanchas, barcos, armamentos, munições, veículos pesados, radares, equipamentos, treinamentos modernos? A prometida e necessária melhoria salarial, assistência médica, psicológica, aos militares, policiais de fronteira. Extensivas aos seus familiares?
Dilma ate os brincos com o país estagnado. Instituições fechadas. O Supremo Tribunal repassando assunto de 10 anos atrás. Elite juridica e politica da nação a serviço de marginais, bandidos, corruptos. O Congresso Nacional com CPI de faz-de-conta discutindo se bandido rouba ou não, se tem “laranja” ou não. Tudo tratado, noticiado, com a maior naturalidade. Tudo na moral banal.
40 milhões de anestesiados, manipulados, não sabem o que é Mensalão. Não se interessam por nada alem do proprio nariz, de algum produto da “linha branca”, de novela, da salvação individual. O país disperso. Sem doutrina. Sem rumo. Dilma governando aos trancos. No improviso estatal. Com impulsos privatizantes. Ela não tem tempo “para problemas corriqueiros de fronteira”. Quem no governo tem?
Chegamos a uma década de abraços. Viagens presidenciais inúteis. Colares de folhas de coca. Pisco. Chicha. Rum. Salsa. Parilla. Milonga ideológica. Azeitada pelos petrodólares de Hugo Simon Bolívar Chávez. Negocios entre amigos e lobistas muito bem recomendados. E as nossas fronteiras escancaradas, desprotegidas, usadas, exploradas.
Brasileiro ou boliviano bandido é bandido
Mas o que aconteceu em San Matias vai muito além da punição popular. Da execução sumária. Do crime hediondo. Selvagem. Foi um desrespeito às normas civilizatórias aceitas mundialmente. Mais ainda entre países vizinhos. A barbárie de San Matias foi uma Provocação. Humilhação. Uma afronta à República Federativa do Brasil.
País que tem socorrido los hermanos bolivianos trabalhando sem perseguições em Mato Grosso. Em São Paulo. Pelo país afora. Onde melhoram de vida. Seus filhos estudam. Progridem. Sem discriminações.
Em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, em outros estados, hospitais, creches, postos de saúde, atendem bolivianos que atravessam a fronteira à procura de socorro médico. A procura de trabalho.
Respeito e admiro as lutas do povo boliviano. Mas não aceito tratamento cruel e bárbaro a cidadãos de meu estado, do Brasil. Nem a lentidão da resposta “amarelada” do nosso governo.
Em Corumbá/fronteira com a Bolívia fui líder estudantil, tipógrafo, linotipista, repórter, redator, editor, radialista, promotor de eventos.
Com lideranças empresariais e políticas na Associação Comercial de Corumbá
Batia ponto no dancing La Barranca do amigo Bonilha às margens do rio Paraguai. A Cidade Branca pertencia a MT. Em mais um erro da geopolítica ditatorial com a divisão do estado Corumbá ficou em Mato Grosso do Sul. Passei fins de semana em Puerto Suárez. Em Roboré discutíamos o gasoduto Bolívia-Brasil. Concretizado em 2001. Em Cuiabá há uma termoelétrica a gás boliviano.
Vivi por lá. Testemunha da estagnação
Guardo boas lembranças do Trem do Pantanal. Namorei uma crucenha, (gente de Santa Cruz de La Sierra). Bati bola em Cochabamba. A lentidão de políticas públicas na fronteira é antiga. Vivi por lá. Atravessava de canoa, lancha, a cavalo, carro, de bicicleta. Sou testemunha da estagnação econômica e social da região. Atualmente, fronteira perigosa, violenta, desumana. Por culpa dos governantes de lá e de cá!
Anos mais tarde fiz amigos bolivianos na universidade em Moscou. Adolfo Estenssoro craque na matemática, cálculos, ensinou-me as elementares do xadrez. Nas férias conhecemos a Estônia e a Lituânia. Respeito os bolivianos. Admiro suas lutas heróicas e históricas. Mas, não posso ficar calado diante do tratamento bárbaro a cidadãos do meu estado, do meu país. E decepcionado. Revoltado. Com a lentidão e timidez em tons “amarelados” do governo brasileiro.
Férias no mar Báltico com Márcia, namorada cubana. À esquerda, o boliviano Adolfo Estenssoro. Colega de universidade. Meu professor de xadrez.
“Cuspiram na cara coletiva do Brasil”
Rafael, 27 anos, e Jeferson, 33, foram retirados do Posto Policial. Das mãos de autoridades constituídas. Torturados. Juntas e ossos quebrados como nos tempos bárbaros. Queimados-vivos em ritual macabro à vista de autoridades civis e militares. O professor A. Fontes, de Cáceres, um dos 28 municípios de MT fronteira com a Bolívia, indignado, desabafa:
“Nessa chacina duzentas ou trezentas pessoas despiram e torturam o Brasil. Eufóricos, gritando, vendo-os morrer esturricados como churrasco de animais. Aqueles bolivianos cuspiram na cara coletiva do Brasil. Na fúria do ódio encubado viam muito mais que dois bandidos. Eles viam cidadãos brasileiros morrendo-vivos”.
Cidadania deve ser respeitada dentro e fora do país. Há leis e acordos internacionais que garantem isso. Caso contrário o caos se estabeleceria entre as nações. Não pode haver prevaricação, descaso, o deixa pra lá, “não é assunto meu”. È sim. Quando o Estado não defende seus cidadãos, principalmente em suas fronteiras, ele se enfraquece, vai se desmoralizando. Enfraquece e acovarda a nação como um todo.
Temos que insistir na teoria dos 10% ao país. Não é pedir muito. Dedicarmos em todos os nossos negócios e atitudes pelo menos dez por cento ao Brasil. Pensarmos e agirmos também em beneficio da nação. São esses dez por cento que mantem povos fortes, com boa qualidade de vida. Mas, se o povo não reagir contra politicos e dirigentes públicos safados, mentirosos, espertalhões, corruptos, caminharemos para o fracasso. O Brasil está se tornando um país anárquico. Embrutecido e emburrecido. Sem uma filosofia de rumo, de futuro. Sem princípios. Sem valores. Daí a reação de pouco caso, lenta, fraca, diante da chacina em San Matias.
Antes de bandidos, os chacinados são cidadãos brasileiros. Mas quando o espirito, o feeling, a coisa, de sentir-se brasileiro, não somente de arquibancada, estão enfraquecidos, ou simplesmente não existem, o cretinismo social se estabelece. Neste exato momento vivenciamos um dos momentos mais imbecilizantes e cretinoides de toda a existencia do Brasil. Há países ricos com povos imbecilizados. Estamos atravessando todas as linhas entre decencia e indecencia.
Entre o bem e o mal. O certo e o mal feito. A promiscuidade se expande. Indiferença e egoismo se fortalecem. A covardia cívica enfraquece a reação do povo contra as mazelas, corruptos, canalhas. Nem diante do óbvio u-lulante a lembrar Nelson Rodrigues em seus 100 anos. Governo e TV Globo promovem, “vendem”, um país do faz de conta. Tudo na moral. Na maior mentira midiática do mundo ocidental.
Com timidez diplomática e o governo brasileiro com o rabo-entre-as-pernas, imagina se o desatino pega. Paraguaios enforcando brasiguaios. Argentinos churrasqueando gaúchos e catarinenses. Bolivianos comendo mato-grossenses e acreanos em rituais canibalescos. Exagero? Era só um boliviano mais corajoso ter tirado uma lasquinha da panturilla de um dos brasileiros e começaria o banquete canibalesco regado à chicha. Faltou pouco! Capetas e bruxas estão livres pelos pampas, pelo pantanal. O Coisa-Ruim vive na fronteira Brasil/Bolívia!
E tem notícia truncada nessa história que o Itamaraty precisa esclarecer: os dois já tinham contato na Bolívia. Aliás, carros, caminhões, camionetas, motos, bicicletas, gado, roubados em MT, são receptados e legalmente “oficializados” em território boliviano.
Com o negócio das motocicletas fechado saíram para celebrar. Num bar, com gente ao redor, dois brasileiros sacam as armas, matam três bolivianos, ferem mais dois e fogem? Nem Bonny e Clyde, os dois gringos bandoleiros que viveram na Bolívia ousariam tanto. Com estrangeiros presos o procedimento universal é comunicar à autoridade superior. E proteger os cidadãos de outros países de quaisquer ameaças.
Vamos meter chucho neles
E agora? O zum-zum-zum em trechos da fronteira é de revolta, vingança. Mensagens circulam: “são uns filhos da puta covardes”. “Vamos dar o troco”. “Meter chucho neles”. “Lula e Evo são uns come-mierda”. “Coniventes. Irresponsáveis. Indiferentes com os povos de fronteira”. “Vivemos estagnados, sem assistência, ao Deus dará”
O Paraguai, país soberano, pode mudar regras nas suas fronteiras. O governo brasileiro é que não deve se meter em assuntos internos, institucionais, do Paraguai. De nenhum país. Trezentos e cinquenta mil brasileiros, a maioria agricultores, não podem ser prejudicados pelos delirios bolivarianos de Hugo Chàvez com apoio de Lula e Dilma. A fronteira Brasil/Paraguai é tão explosiva quanto a Brasil/Bolivia. Brasileiros se sentem ameaçados, inseguros. O boneco enforcado em terra de brasileiro mais que aviso, ameaça, é terrorismo de fronteira. Imagina se brasileiros começarem a degolar, enforcar, esquartejar, queimar, bolivianos, paraguaios, argentinos…
Mato Grosso, seu GEFRON, policiais estaduais, federais, não darão conta das tarefas fronteiriças. O Comitê de Fronteira de Mato Grosso anuncia o Plano de Desenvolvimento de Fronteira e a sua primeira Conferencia Estadual de Desenvolvimento Regional. Vale o esforço, a tentativa. Mas não é Mato Grosso que decide!
Ao lado do governador Carlos Bezerra com lideranças políticas e empresariais da Bolívia no Palácio Paiaguás em Cuiabá.
Já viajei empolgado em sonhos andinos de integração. Saída para o Pacifico. Zona de exportação. Proteção e segurança de fronteira. No governo de Mato Grosso fui várias vezes à Bolívia. Trouxemos a MT governadores, senadores, políticos, empresários. Criamos Comissões. Até ponte aérea MT/Santa Cruz de La Sierra foi viabilizada. Há razões para a estagnação fronteiriça que a própria razão desconhece. Fiscalização, policiamento, quanto menor, melhor!
Em política externa, de fronteira, estamos de “quatro”.
A nossa política externa e de fronteira obedece a diretrizes bolivarianas no contexto UNASUL. E agora MERCOSUL. Estamos de “quatro”. Em posição mais humilhante que a Argentina que tem a sua Cristina/Evita ressuscitada. Evo Morales é um dos queridinhos de Hugo Chavéz.
Onde, Lula, Presidente, estava com a cabeça ao se deixar fotografar com Evo, fantasiado com colar de folhas de coca?
1. Evo explica a Lula qualidades da folha de coca. 2. Evo Morales por detrás de Lula. 3. Lula-Evo-Hugo. Eufóricos. Rindo. Alegres. Felizes.
Evo Morales é paparicado por Lula, Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim, “estrategistas internacionais”. Os mesmos que governaram o Brasil de costas para os centros do Saber, Conhecimento, Tecnologia, Ciência, Pesquisa, Modernidade, Qualidade. Uma década de oportunidades e alternativas perdidas. De atraso científico e tecnológico. Irrecuperáveis. Continuamos na rabeira das inovações. Fracos também em educação e esportes.
Não há pressão sobre a Bolívia nem a seu presidente auto proclamado Chefe Cocaleiro. Há nota de repúdio. Pedido de “rigor nas investigações da chacina”. Notas de desculpas do lado boliviano. E tudo rolando numa boa pela BR-070. Em pistas clandestinas. Centenas de atalhos onde diariamente são realizados bons “negócios” de trocas. O escambo do mal.
Evo Morales deve satisfação e desculpas a Mato Grosso/fronteira com a Bolívia. Ao Brasil.
Na grande imprensa. Nos noticiários. Nos especiais da TV Globo de Repórter disso e daquilo. No país onde não há programas dedicados à política externa, reportagens internacionais (exceção da TV Cultura). Os brasileiros Rafael e Jeferson já foram esquecidos. Mas não é nem nunca será noticia velha. Ficará para sempre nos anais dos crimes bárbaros. Procure saber quem no senado chefia a Comissão de Assuntos Externos do Brasil?
Lula não pede explicações a Evo Morales, seu amigo, irmão, camarada. Mas, o presidente da Bolívia tem que se explicar sim por respeito ao país Brasil, ao povo brasileiro. Já deveria ter enviado uma missão pedir desculpas, conversar, com o governador de Mato Grosso. E se comprometer que barbaridade como a de San Matias jamais se repetirá em seu país.
Dois bandidos brasileiros foram queimados vivos em chacina pública por terem matado três bandidos bolivianos em acerto de contas da bandidagem. Mas, eles não atentaram contra famílias e pessoas de bem de San Matias. A polícia de Evo Morales entregou cidadãos brasileiros a bolivianos assassinos. E fica por isso mesmo? E se essa barbaridade tivesse ocorrido do lado de cá? O Trombone bolivariano estaria tocando sem parar. Invocariam razões “ideológicas”. Opressão. Discriminação racial. A OEA. ONU.
“Os bolivianos são mais fracos, os brasileiros mais fortes”. Estariam invocando “a solidariedade entre hermanos latinos y los derechos universales de La persona humana”. Direitos humanos deles. Não os nossos. Tem gente com visão ideológica confusa, doentia, delirante, que adoraria ver o circo pegar fogo nas nossas fronteiras. Conflitos e guerras camuflam incompetência, mazela, corrupção, governantes idiotas, despreparados, paranóicos. A História está cheia deles!
Cidadãos brasileiros queimados-vivos e enterrados como indigentes sem os trâmites internacionalmente obedecidos. Sem respeito ao país vizinho e amigo. Da cova rasa os restos carbonizados foram transladados. Um, sepultado em Várzea Grande. O outro, em Tangará da Serra, MT.
“São bandidos. Mas, cidadãos franceses”.
Qual o verdadeiro estopim de tamanha brutalidade e crueldade? O povo de San Matias protege e defende seus bandidos? Ou é ódio incubado que explode das entranhas psicológicas da ideologia do oprimido contra o opressor? Insatisfação da Bolívia pobre contra o Brasil mais rico, “colonialista e capitalista”? È bom que antropólogos e sociólogos discutam o por quê?
Para marcar a minha opinião. Razão principal deste blog. Invoco Napoleão enfurecido ao saber que alemães prenderam soldados franceses acusados de assaltos, roubos, arruaças. E que iriam enforcá-los.
“Bandidos, sim. Mas, são cidadãos franceses”. “Nós os receberemos. “Os prenderemos”. “Nós os enforcaremos se preciso”. “Mas não permitiremos que alemães mutilem, queimem, matem franceses, na nossa fronteira”. Tempos de caráter. Dignidade nacional. Respeito. Valores. Princípios. Coragem. Vergonha#.
Um milhão de guerrilheiros
Circulando pela web que se antecipando a conflitos de fronteira, ameaças externas, Hugo Chávez poderá treinar e armar um milhão de bolivarianos, milicianos, guerrilheiros.
Contra quem? Os Estados Unidos? Não está claro. Mas o Brasil que ponha a barba de molho como fez D. Pedro que assim como Karl Marx não gostava de Simon Bolívar. Há um sonho mirabolante de grandeza e conquista dos tempos de Bolívar. Muito perigoso. Anexar o Brasil à America Espanhola. Único país do continente que fala português. Hugo Chávez já disse a Lula: “um dia vocês trocarão o português pelo espanhol”. (Antenor Paranhos. Campo Grande, MTS)
NOVAS INFORMAÇÕES SOBRE COMPROMETIMENTO DE AUTORIDADES BOLIVIANAS COM TRÁFICO DE DROGAS!
Órgão da imprensa brasileira está concluindo matéria que aprofunda as denúncias acusando altas autoridades bolivianas de manterem vínculos com o narcotráfico. Além de detalhar as acusações envolvendo o Ministro da Presidência Juan Ramón Quintana, a matéria apresentará evidências de vinculação do então candidato oficialista a Governador de Santa Cruz, atualmente Embaixador designado da Bolívia no Brasil, Jerjes Justiniano Talavera, com notório narcotraficante crucenho, hoje preso na Bolívia. Jornalistas do Wall Street Journal e do canal televisivo mexicano Univisión também estão ativamente fazendo investigações sobre vinculações do narcotráfico. (Paulo Villalba, Nova Mutum, MT)
Urubu no Supremo
Nada nesse mundo acontece por acaso. Minha bisavó dizia: “quando acuam pousar no telhado gente vai morrer na casa”. Tiro e queda. Aza Branca anunciava a seca no sertão. O urubu não pousou no pátio do Supremo Tribunal Federal por desorientação. Ele conhece muito bem o espaço aéreo de Brasília. Lá ficou um tempão para que mais e mais pessoas o vissem. Tirassem fotos. Ate que os seguranças o levaram.
Votar pela absolvição de Marcus Valério e João Paulo Cunha cheira a carniça. Podem escrever: antes do final do julgamento do Mensalão “que nunca existiu” urubu voltará a pousar no Supremo Tribunal Federal. E dessa vez será no telhado. (Jair Santos. De Brasília, capital da corrupção)