Trilha sonora: The girl from Ipanema-Frank Sinatra & Tom Jobim
Quando Frank Sinatra telefonou para o Bar do Veloso a procura de Tom Jobim eu estava em Moscou tentando recuperar um ano perdido da faculdade de Direito Internacional.
O que tem essa introdução “russa” a ver com A Garota de Ipanema, o grande sucesso musical de Tom Jobim e Vinicius de Moraes completando 50 anos? Tem sim.
A bossa nova e a guerra fria
Lá, a União Soviética e o bloco socialista formado por países do leste europeu por onde penetrou o exército vermelho aniquilando as tropas de Hitler e Mussolini. Formando governos pró-soviéticos. Do lado de cá, os Estados Unidos às voltas com Cuba e o movimento guerrilheiro crescendo pela América Latina após a crise do Caribe. O duelo comunismo X capitalismo. Kennedy X Kruschev. A Garota de Ipanema e a bossa nova entraram no contexto comunismo X capitalismo.
As manifestações culturais pendiam de lado. Famosas no mundo ocidental, capitalista, A Garota de Ipanema e a bossa nova passaram a ser “filhas da guerra fria”. Como disseram ser Carmen Miranda um “produto” criado pela política de boa vizinhança dos EEUU.
O Partido Comunista Brasileiro, seguindo a linha soviética, exercia grande influencia. Controlava movimentos sociais, expressiva maioria da inteligentzia brasileira e da imprensa. Para o pessoal do Partidão e da esquerda, em geral, Tom Jobim e a turma da bossa nova cometeram um pecado de lesa-pátria ao se apresentar no Carnegie Hall, Nova York.
Só não repetiram que ele “voltou americanizado”. Como fizeram com Carmen Miranda. Tom gostava mesmo era da roda de amigos no Bar do Veloso e mais tarde na Plataforma. Tanto que para convidá-lo a fazer um disco Frank Sinatra teve que ligar para o Bar do Veloso. A notícia se espalhou dando charme à boemia brasileira. A bossa nova era criticada por “imitação, plágio tupiniquim do jazz americano”. O clima anti EE. UU estava no auge. Se apresentar na Meca do capitalismo, pecado imperdoável.
Jobim, Stan Getz, João Gilberto Astrud Gilberto
O saxofonista Stan Getz sentiu no ritmo algo novo ao paladar musical norte americano já saturado das baladas anos 40/50. Blues, jazz, RB, continuavam confinados. O álbum Getz/Gilberto abriu o novo ritmo “boussa nôva” ao grande público. No pacote, Stan Getz ficou com Astrud Giberto. Os grandes nomes do cancioneiro U.S. gravaram The Girl from Ipanema. O álbum Sinatra /Jobim consagrou para sempre o ritmo, a batida, o molejo, que já disseram, nasceu no Beco das Garrafas em Copacabana.
A ouvi pela primeira vez na embaixada do Brasil
Quando A Garota de Ipanema apareceu em 19 de março de 1963 eu já estava em Moscou. Foi na embaixada do Brasil sob o comando do embaixador Henrique Rodrigues Valle+, mato-grossense, a quem devo muito, quando a ouvi pela primeira vez. A melodia sim, mas a letra “balanço a caminho do mar” não era aceita pelos moldes soviéticos.
Ai o meu mundo girou. Do centro de Nova York, capital cultural do planeta-como foi Paris nos séculos 18/19 e na primeira metade do século 20-contribuí com a difusão cada vez maior e melhor não só de A Garota de Ipanema, mas, da música brasileira em geral. Tive o privilegio de conhecer, contratar, promover, músicos e intérpretes que tanto fizeram pelo sucesso da bossa nova e dos nossos ritmos nos EEUU. No mundo.
Nas décadas de 70 e 80 não havia um cantor ou cantora de renome que não fizesse questão de se acompanhar por músico brasileiro. Principalmente os do ritmo. Da “cozinha” onde está o molho fácil/difícil da batida da bossa nova que uns dizem nasceu com Milton Banana, outros com Dom Um Romão. Falecidos.
E mais. A bossa nova abriu espaço para ritmos e sons então confinados aos bairros. Os anos 70/80 são notáveis pela criatividade, Jam sessions, mixagem, experiências. Todas com um toque brasileiro. Lindo ouvir e ver tumbadora cubana com berimbau. Baixo com pegada latina e surdo brasileiro. Cuíca dando molho à salsa, ao Blues, Jazz. Nova York viveu os anos 70 e 80 em permanente festa de ritmos e sons. Thanks to bossa nova.
Com a Garota de Ipanema em Nova York
Kiki Pinheiro, filha de Helô, no palco, Dia do Brasil
Orgulho e imenso prazer em homenagear Helô Pinheiro no palco do Dia do Brasil. Ela e sua filha Kiki foram minhas convidadas para julgar as candidatas do concurso The Girl from Ipanema. Quinze garotas americanas se candidataram. Foi a primeira e única vez que recebi patrocínio do governo do meu país via EMBRATUR então sob a chefia do empreendedor e vitorioso João Dória Jr.
No governo de Mato Grosso me encontrei com Helô Pinheiro sempre transbordando alegria, otimismo. Sugeri aos organizadores do Brazilian Day que o dedicassem A Garota de Ipanema. Muito mais que a música brasileira mais tocada no exterior depois de Aquarela do Brasil, Tico-Tico no fubá, Brasileirinho. Peça fantástica de marketing para Ipanema, Rio de Janeiro, nosso turismo. Para o Brasil.
Atualmente, a TV Globo Internacional manda no palco do Brazilian Day. Seu único grande evento no e do exterior. Evento verde e amarelo criado por mim, para todos, pelo Brasil. Aberto à imprensa, às TVs, à mídia nacional e internacional. Hoje, um private affair.
O palco do Dia do Brasil era também uma vitrine e oportunidade para músicos, cantoras, cantores, brasileiros trabalhando nos Estados Unidos. Hoje, só canta, se apresenta, é destaque, quem a TV Globo quer, contrata, terceiriza. E como faz no Brasil, já está impondo “na moral” suas condições, programação e “cultura” ao brasileiro no exterior.
A Garota de Ipanema, a bossa nova, o samba, não interessam mais. Não importa se ícones da música e da nossa cultura conhecidos, queridos, admirados pelo mundo afora.
O Brasil embrutecido por políticos espertalhões, mentirosos, despreparados, corruptos, desconhece, descarta, esconde, o melhor que produzimos
È doloroso ver a ignorância e o embrutecimento desconhecendo, descartando, escondendo, o melhor que já produzimos em música e arte. Para muitos políticos e dirigentes do país a guerra fria não acabou. Há uma década ocupados em corrupção ativa e passiva. Com escândalos e “merrecas”. Cúmplices no silencio de alianças espúrias. Fossilizados. Continuam com as mesmas práticas e discursos dinossàuricos.
Mesmo com o fim da União Soviética, sem Segundo Mundo, Lula e a sua turma do atraso delirando com teorias do Terceiro Mundo continuam dando “pancadas de baixa intensidade nos Estados Unidos” segundo os “estrategistas” Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia a serviço dos interesses petrolíferos e da geopolítica de Hugo Chávez fazendo dobradinha com o Irã, Kadafi+ e outros ditadores.
O governo brasileiro liderou a entrada da Venezuela no MERCOSUL. Fortalece entidades criadas por HC como a CELAC, UNASUL. O agradecimento está na compra de 20 aviões 190HR da EMBRAER. E novas promessas de refinarias e outros “bons negócios” com gente da turminha como lobista ganhando em petrodólares. Procure saber quem preside a Comissão de Relações Exteriores do Senado a qual deveria investirgar a subserviência aos interesses de Hugo Chavez, de Cristina Evita Kirchner, e agora da nova e sempre perigosa Triplice Aliança..
O primeiro negro presidente dos Estados Unidos, um discriminado, estendeu a mão ao primeiro operário presidente do Brasil, um discriminado. Teria sido uma boa aliança para o nosso progresso cientifico, tecnológico, cinematográfico, musical. Sem besteirol terceiro-mundista. Sem ficar de ‘quatro’. Mas, Lula o presidente de todas as alianças, por “ideologia” rejeitou Obama. “Governou” de costas para os centros do Saber, do Conhecimento, da Inovação, da Qualidade e Modernidade.
Lula tirou o Brasil das calçadas da Ciência, Pesquisa, Tecnologia, Centros de Arte e Cultura, e nos meteu no quintal do Atraso, Mediocridade, Populismo, Tríplice Aliança, Corrupção continental.
O país está paralisado. Não há doutrina de governo. Nem de esquerda. Nem de direita. Nem de centro. Iniciativas, criatividade, alternativas, são castradas, anestesiadas. Vazio musical e artístico. Governa-se de olho nas próximas eleições. Ainda bem que a FIFA nos obriga a construir, a melhorar serviços. Chegamos a 10 anos de benesses e assistencialismo para a conquista de eleitores e mantê-los acabestrados. Exportador de matéria prima o país sobrevive dos seus recursos naturais. A presença e os pronunciamentos da elite jurídica no STF/ Mensalão comprovam que só temos mesmo recursos naturais.
Dilma não reage. Não cria a sua própria doutrina ou linha de política externa. Faz o que Hugo Chávez e Lula lhe ordenam. E, ultimamente, se mostra obediente à Cristina Evita da Argentina. A bossa nova “ideológica” do momento é Hugo Chávez. Comandante, Cantor, Salvador, das Américas. Cambono Simon Bolívar em carne e osso. Um perigo à paz continental.
Não fosse o sectarismo, o patrulhamento, a interpretação confusa e malandra de ideologias para ludibriar e conseguir votos a música e o cinema do Brasil estariam fortalecidos e economicamente viáveis como indústria de entretenimento. A nossa música e o nosso cinema, este sempre renascendo, fariam sucesso contínuo no exterior como foi/é A Garota de Ipanema, a bossa nova.
O partido único, o Cara, Chefe, Ditador, castram criação musical, literária, artística, como um todo.
Vasculhe a história e verás que povos governados por partido único, culto à personalidade, dogmas, patrulhamento ideológico, não produzem música, cinema, literatura, arte, de alcance universal. As criações, por obedecerem à linha do partido único, ao Cara, Chefe ou Ditador, e subvencionadas, ficam a serviço da propaganda oficial. Confinadas, são de consumo interno.
Em mais de 70 anos a União Soviética manipulando sentimentos revolucionários, lapidando a fé partidária de milhões pelo mundo não criou ritmos, sons, musica, cinema, pintura, de consistência e gosto universal. Corais, danças, balalaicas, são milenares. O balé que a turma da pesada, do atraso, queria destruir como herança capitalista, continua talismã russo de excelência por manter-se fiel aos ensinamentos da Escola Imperial de Balé.
A canção Ochem chiorni (Olhos Negros) conhecida mundialmente é cigana, anterior à revolução de outubro. Gogol, Lermantov, Turguienev, Tolstoi, Gorki, todos pré-revolução. Dostoievsky o mais lido de todos os escritores russos dizia que “só a beleza salvará o mundo”. E a beleza não resplandece. Murcha quando despreparados tem controle sobre as manifestações artísticas do povo. Eles vulgarizam tudo o que tocam.
Conhece alguma música da República Socialista da Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Yugoslávia, Bulgária? Da Coréia do Norte? Cuba foi celeiro de ritmos que fizeram o mundo mais alegre. Seus compositores, músicos, cantores, cantoras, artista em geral, estiveram entre os mais criativos e solicitados do mundo. O mambo Patrícia, de Perez Prado, no filme La Dolce Vita, de Federico Fellini, ficou salvo para sempre no imaginário popular. Ouvi-lo traz-me belas recordações.
Aí “se acabo La diversion llego El Comandante y mando a parar”. Os percussionistas foram perdendo o toque mágico nas mãos. Os metais já não soam como nos tempos de Bení Morê e Célia Cruz. Guantanamera, identificada como “hino da revolução cubana” foi gravado por Joseíto Fernandez muito antes da epopéia em Sierra Maestra. E por ironia “ideológica” quem a tornou conhecida fora de Cuba foi um norte- americano, o cantor e folclorista Peter Seeger. E o cinema cubano que tanto prometia? Com direito a Instituto de Cinema oferecendo bolsas para estudantes latinos, brasileiros. A criatividade cubana secou? O que houve?
Povos são conhecidos e se projetam por ritmos e músicas
Com Jorge Ben no Centro Brasileiro de Promoções, Rua 46, Nova York
Povos se identificam, são conhecidos, se projetam, por seus ritmos e musicas de alcance universal. O fado é de Portugal. A valsa é vienense. O rock é dos Estados Unidos. È de Cuba o mambo, a rumba, o cha-cha-cha. O merengue é dominicano. Há outros ritmos, como a milonga, mas o tango é a marca musical da Argentina. O bolero é mexicano. A tarantela é italiana. O flamenco é da Espanha. O samba e a bossa-nova são do Brasil. Produtos da subjetividade e da objetividade nacional. Povos cuidam, preservam, respeitam, admiram, promovem e divulgam as suas melhores criações.
No governo e no entorno dele tem gente que continua pensando e agindo como aqueles que desancaram o pau no pessoal da bossa nova por ter se apresentado em Nova York. Tom Jobim ter gravado com Frank Sinatra foi um sacrilégio a dogmas. Um atentado contra a ideologia dominante.
Sergio Mendes fez/faz muito mais pela boa imagem do Brasil que todos os nossos políticos e governantes juntos.
Sergio Mendes estava com o Bossa Rio no Carnegie Hall. Depois o Bossa Nova York. Brasil 65. O álbum Herp Albert presents Sergio Mendes& Brazil 66 vendeu mais de 1 milhão de cópias. A faixa sucesso do LP Mas que nada de Jorge Ben (hoje Jorge Benjor). Era/é o nome, a imagem, a música, a cultura do nosso país levados por Sergio Mendes aos Parques, TVs, festivais, concertos, à Casa Branca.
Sergio Mendes foi duramente criticado. Apontado como traidor musical. Ele “se vendeu aos Estados Unidos”. E o que a classe política dirigente do Brasil tem “vendido” ao mundo? Exemplo de Honestidade? Independência? Criatividade? Inovação? Competência? Decência? Caráter? Dignidade? Ética? Quais os valores difundidos pelos que nos governam? Qual a música que eles tocam? De quais sons e ritmos eles gostam mais?
O Brasil não está no rol dos criadores, inovadores. Nem dos maiores medalhistas olímpicos. Não são os Caras políticos, oráculos de ideologias, confusão, anarquia, do atraso, eleição com corrupção, que nos dignificam. Foram, e são artistas, compositores, músicos, jogadores de futebol, e muitos outros criadores, empreendedores, os que têm mantido a imagem positiva do nosso país no exterior. Eles merecem ser “descobertos e redescobertos” pela imprensa. Pelas TVs brasileiras. Pelo governo.
Sartre, Jorge Amado e Simone 33 livos e 150 idiomas
Invoco Jorge Amado na celebração de seus 100 anos. Ícone da cultura brasileira como o são A Garota de Ipanema e a bossa nova. O mais lido e traduzido dos nossos escritores, 33 livros em 150 idiomas. Deputado comunista. Prêmio Stálin da Paz. Jorge Amado soube ver coisas e pessoas com clareza. Advertiu: “a ideologia é uma merda”. E muito fedorenta quando mentirosos e espertalhões, no poder, a misturam com corrupção#
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‘Garota de Ipanema’ completa 50 anos de sucesso mundial
Em 2 de agosto de 1962, Vinícius de Moraes e sua trupe encantaram o Rio de Janeiro com a 1ª interpretação da música que virou o símbolo da Bossa Nova
Vinícius com a ‘garota de Ipanema’, Helô Pinheiro (Foto: Dedoc)
A canção mais célebre da Bossa Nova, a mítica Garota de Ipanema, completa nesta quinta-feira 50 anos desde que foi interpretada pela primeira vez em público, dando início à sua incomparável trajetória de sucesso que ultrapassou as fronteiras da música. Em 2 de agosto de 1962, Tom Jobim, João Gilberto, Vinícius de Moraes, o baterista Milton Banana e o contrabaixista Otávio Bailly deslumbravam o Rio de Janeiro interpretando em um clube a canção que faria sombra a todas as demais desse gênero musical.
A simples, mas elegante melodia de Garota de Ipanema passou por cima de outras mais elaboradas, como a genial Chega de Saudade, também de Tom Jobim. A letra, escrita por Vinícius por encomenda de seu amigo Tom para acompanhar uma melodia que fizera pouco tempo antes, nasceu com o nome de Menina que Passa, mas foi rebatizada, dando lugar ao título conhecido por todos, segundo explicou o professor de literatura e especialista em Bossa Nova Carlos Alberto Afonso.
Nova York – No início dos anos 60, quando Vinícius e Jobim dedicavam horas ao uísque no Bar Veloso, na antiga Rua Montenegro (hoje Rua Vinícius de Moraes), em Ipanema, os dois gênios da música brasileira espiavam o “doce balanço” dos quadris de uma linda jovem que passava em direção à praia. Três meses depois da apresentação no Brasil, aconteceu a estréia na famosa sala de concertos Carnegie Hall, em Nova York, onde os mestres da Bossa Nova deixariam plantada uma semente que germinaria em forma de disco gravado com o saxofonista americano Stan Getz.
O tema foi gravado em inglês por Astrud Gilberto e foi estendido pela célebre execução de Getz a pouco mais de cinco minutos. “Para reconhecer a melodia de Garota não é preciso mais que um minuto, mas essa forma maravilhosa de interpretá-la de Getz a estendeu mais do que na versão original”, disse Afonso em sua loja, chamada Toca do Vinícius, situada no coração de Ipanema e transformada em um autêntico museu e templo da Bossa Nova.
Inspiração – Mais tarde, em 1965, Vinícius confessaria que sua musa foi uma adolescente chamada Helô Pinheiro. A partir daí, a jovem passou a desfrutar de fama no Brasil e em outros países, tornou-se atriz, organizadora de concursos de beleza e empresária. “Eu nunca respondia a seus elogios, só entrava no bar para comprar cigarros para meus pais ou passava por ali para aproveitar meus dias livres ao sol”, revelou Helô.
Afonso assinalou que foi a Bossa Nova que exerceu influência no jazz, e não o contrário, “porque nessa época as melodias de Cole Porter já estavam desgastadas”. Para o especialista, também houve motivos políticos para o impulso que os americanos deram à Bossa Nova, já que a Guerra Fria fez com que quisessem usar a música tropical brasileira para resistir à salsa cubana. “A Bossa Nova busca o mesmo que a arte renascentista: a perfeição através da simplicidade”, afirmou Afonso.
Do Rio para o mundo – Em 1967, Frank Sinatra ligou para Tom Jobim, que atendeu ao telefone no próprio Bar Veloso, e o convidou para gravar Garota de Ipanema. A voz de Sinatra fez com que a canção chegasse ao mundo inteiro. Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, é hoje um lugar de visita obrigatória para os amantes do jazz, da Bossa Nova e da música em geral. Em suas ruas, pode ser encontrada a casa onde Tom Jobim viveu grande parte de sua vida, o bar onde o maestro se encontrava com Vinícius e um dos últimos locais remanescentes na cidade com programação diária de Bossa Nova ao vivo.
Em Ipanema, também está o primeiro monumento erguido em homenagem ao estilo musical, um mural que enfeita a parede da estação de metrô do bairro.
(Da revista Veja com Agência EFE)