Quando presidente da República almoça, janta, atropela, tritura e destrói a língua pátria, o incêndio no Museu da Língua Portuguesa é sobremesa de canalhas.
Inaugurado pelo prefeito Gilberto Kassab em março de 2006 sem alvará da prefeitura (dele) e sem requisitos de segurança a Estação da Luz ícone da história de São Paulo, do Brasil, está às escuras e assim ficará por muito tempo. A cretinice e a covardia no noticiário brasileiro, exemplo de Bonner no Jornal Nacional, não questionam causas, não apontam responsáveis. “O incêndio teve inicio com a troca de uma luminária”. Mais uma fatalidade, como a da boate Kiss, do incêndio no auditório do Memorial da América Latina, da destruição de Mariana, dos 970 mortos na serra fluminense. Culpados? Quem? (Jandira, SP).
A banda vidiotizada, mobilizada, repete: “a culpa dos nossos males, da inflação, da corrupção sistêmica, é do capitalismo americano, da crise provocada pelos refugiados.
Inflação é culpa do Obama. Lula continua aplaudido falando disparates e baboseiras, mentiras cabeludas: os portugueses são os culpados pela porcaria de ensino nas universidades federais. Não é ele e seus 30 anos nas universidades com pregação doutrinária. Com ideologia do Atraso e do Fracasso. (Tânia, POA).
Dilma com a cara lavada diz que “não cometeu delito algum”. Foi ministra de Minas e Energia, presidente do Conselho Administrativo da Petrobras (onde na cara dela foi montado o maior esquema de corrupção mundial), ministra da Casa Civil. Está no desastroso e caótico segundo mandato, e como não foi apanhada com a mão na bufunfa, na grana viva, inflada pela burrice e arrogância, repete “não existe nada contra mim”. Tudo questão de nível moral, ético! (Antonio, Campinas).
Lula e Dilma ensinam a encontrar culpados abstratos, filosóficos, ideológicos. A mensagem deles é para induzir milhões de seguidores a serem cretinos e idiotas. Se não houve Mensalão, se o filho dele é um Ronaldo dos negócios, se a neta faz gesto obsceno como sinal de vitória e dane-se, se os ladrões de dinheiro público Zé Dirceu, Delubio, Vaccari, Palocci, são Guerreiros do Povo. Se não há culpados no Partido dele, no Planalto, no Alvorada, nos Ministérios, não há culpados para o incêndio que destruiu o Museu da Língua Portuguesa. (Jonas, SP).
Eis a cara do Brasil irresponsável, avacalhado, governado por presidentes, governadores, prefeitos, salafrários, de baixa cultura urbana:
“Quando o fogo estava no inicio tentamos o hidrante, mas, falhou. Não saiu água. A sala onde estava o registro que deveria ligar o hidrante estava trancada”.
Era segunda-feira, chovia. O Museu estava vazio. Morreu uma pessoa. Imaginemos num dia de grande visitação pública. (Pedro, Centro, SP).
Museus, centros de cultura, espaços públicos, estão sem requisitos de segurança. Nove sítios importantes não têm a autorização da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros para funcionar: MASP/MAM/CENTRO CULTURAL DE SÃO PAULO/PINACOTECA/MUSEU DA IMAGEM E DO SOM/PAÇO DE ARTES BRASILEIRAS… ( Joaquim, Moema, SP).
Você sabia que o prefeito Gilberto Kassab inaugurou o Museu de Língua Portuguesa sem o Alvará da Prefeitura? Você sabia que Kassab é engenheiro civil e corretor de imóveis? Você sabe que a que a nossa vida urbana, histórica, cultural, está entregue ao Gilberto Kassab, ministro das Cidades? (Ricardo, Cuiabá, MT).
Que as mãos voltem a se afastar do que não lhes pertence, que o temor do opróbrio e do japonês da Federal possa segurar a insensatez dos ambiciosos, a fome dos que não têm fome, o ímpeto da cobiça, o despudor dos malfeitores, que voltem a ser uma vergonha o roubo, o rombo, o descaminho, a concussão, a fraude, a propina, a malversação, o por- fora, a começão, o rapa, a ratonice, a rapina, o saque, a pilhagem, a apropriação, o dinheiro sujo, a mamata, o desvio, a corrupção-vergonha que nenhuma delação premiada possa apagar.
Que se possa acabar com esse medo das ruas, o medo de ir e vir e de estar, para voltarmos a fruir de nossas cidades, nossas alamedas, nossas vias e ciclovias, jardins e praças, nossos cinemas de primeira, os dedicados museus, as pizzarias, os restaurantes estrelados ou os simples sob o céu de estrelas, a casa do nosso avô, o boteco fraternal, o namoro na esquina, o descer para fumar. Que voltem a ordem e, se possível, o progresso.
(Da crônica Boas Festas, de Ivan Ângelo, Veja-São Paulo/23/12/2015)
Trilha sonora:
*Jota Alves hasteou a primeira bandeira brasileira na Rua 46/Little Brazil, promoveu o Carnaval do Brasil por quinze anos consecutivos no mundialmente famoso Waldorf Astoria Hotel, fundou o jornal The Brasilians, criou o Brazilian Day em Nova York. Formado em Direito Internacional, Moscou. Exerceu as funções de Secretário de Governo em Mato Grosso, seu estado natal.
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