Trilha sonora: Bezerra da Silva – Judas Traidor
Duas figuras bíblicas, Herodes e Judas. Qual o mais canalha, escroto, mais fdp?
“Vendo, então, Herodes que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo exato que havia indagado dos magos. (Mateus 2.16).
O anjo acordou José que acordou Maria que tirou o menino da manjedoura e foram para o Egito. E assim Jesus foi salvo do infanticídio de Herodes. Furioso com o resultado do primeiro turno das eleições, Lula partiu para o “deixa comigo”.
Em Recife, o Pastor gritou às ovelhas: “Outro dia eu dizia para Eles, vocês são mais intolerantes que Herodes que mandou matar Jesus Cristo quando ele nasceu com medo de ele virar o homem que virou”. O Repórter na História esclarece que o Herodes de Lula não é o mesmo Herodes que vidrado em Salomé mandou cortar a cabeça de João Batista. Vamos às frases e expressões que deram vitórias e derrotas:
O marmiteiro
O Brigadeiro Eduardo Gomes, pela UDN, era o favorito à presidência. Ele declarou: “Não necessito dos votos dessa malta de desocupados que apoia o ditador para eleger-me presidente da República”. O cuiabano Pedro Monteiro, da “república de estudantes” na Rua do Catete, deturpou a declaração: Eduardo Gomes não precisa dos votos dos marmiteiros (similar ao boia-fria, candango, pau de arara, pobretão).
PSD e PTB distribuíram panfletos: “O General Eurico Gaspar Dutra é um marmiteiro de verdade. Ama o Brasil sobre todas as coisas. Estima os humildes de cujo seio saiu, deve ser seu candidato, trabalhador. Liberto de ódios e preconceitos Dutra fará nossa pátria feliz e próspera”.
Rouba, mas, faz.
Sempre houve baixaria e sujeira em nossas campanhas políticas. Com caricaturas e anedotas massacraram o pequeno baiano Ruy Barbosa. Há pecha que pega. Gruda. Como o rouba, mas, faz, em Adhemar de Barros. Na campanha ao governo de São Paulo, Jânio Quadros e Adhemar escreveram uma página de insultos, ataques pessoais, baixo nível.
“Convidei o Sr. Adhemar para vir a este comício”. “Senhores, ei-lo, aqui”. E mostrava a gaiola com um rato dentro. Adhemar retrucava com um gambá na gaiola. Nas ruas, a torcida organizada: “Mete essa vassoura no rabo”. “Com Jânio a roubalheira no governo vai acabar”. Adhemar: “Garcez, seu canalha, vou ganhar, na hora da posse, vou lhe dar uma bofetada”.
Jango é comunista.
João Goulart, fazendeiro gaúcho, discípulo de Getúlio Vargas, fazendeiro gaúcho, nunca foi, nem seria comunista. Mas, o rótulo de “vermelho”, comunista, homem de Moscou, grudou.
Vice-presidente de Jânio Quadros ele estava em missão oficial na China quando o mato-grossense desajustado mental renunciou à presidência da República. Havia Cuba. Jânio condecorou Che Guevara e o primeiro cosmonauta, o russo Yuri Gagárin. A Guerra Fria estava quentíssima. “Jango entregará o Brasil ao comunismo”. Goulart regressou ao país com seus direitos cortados. Assumiu com um Parlamentarismo a brasileira. Voltamos ao Presidencialismo. Na seqüência, o golpe militar de 64.
O Caçador de Marajá.
Mais uma vez, a China nos destinos do Brasil. Grupo de seis amigos, curtindo viagem à Muralha, comendo pato laqueado, resolveu lançar, (“só pra ver o que acontece”) Fernando Collor de Mello, governador de Alagoas, à presidência da República. Faltava um mote forte, padrão plim-plim TV Globo.
O Caçador de Marajá, frase idiota para o público vidiotizado, caiu como luva nas mãos grossas, descarnadas, de nordestinos explorados pelos Arnon de Mello, usineiros, religiosos. Pelos corruptos dos muitos açudes, caminhão-pipa, cisterna, caixa d’ àgua. Sorvete eleitoral para os descamisados, deslumbrados, picaretas. Para os Nem – Nem.
Nunca fomos um Califado. Nunca tivemos Sultões. Todavia, Marajá, lembra mordomia, riqueza. Mesmo com os ataques de Lula (Collor é ladrão) o Indiana Jones Nordestino, o playboizinho de Brasília, herdeiro e dono da TV Globo em Alagoas, se elegeu presidente da República com o slogan Caçador de Marajá.
Eles são os inimigos.
Na dúvida, consulto Adriana Berger, neta de operário comunista alemão. Filha de lulista, (ate o primeiro mandato). Ela responde: “Lula repete no Brasil o que Hugo Chávez fez na Venezuela. Nós x Eles. Eles são intolerantes. São os inimigos. Nós somos revolucionários. Eles são contra revolucionários”.
Lula, na presidência, rompeu com todos os parâmetros da hierarquia e importância simbólica do cargo. Introduziu o discurso do ódio, da ofensa racial, do insulto. Esperto, ele não fala em luta de classes. Ele atiça preto contra branco. Intriga nordestino contra sudestino. Mulher contra homem. Nada nele é ideológico, de principio. È tudo pelo voto, pelo poder, dele. E de seu grupo, apodrecendo, cada vez mais restrito.
Nunca na história do Brasil um presidente fez politica com esse discurso e prática. Lula envenena o país. Contamina as relações humanas. Embrutece a nação. É dividir, para reinar.
RH: A quem Lula se refere quando diz: “Essa gente branca de olhos verdes”?
AB: Também pergunto. Aos judeus alemães? Portugueses? Russos? Polacos? Aos descendentes de holandeses e franceses que povoaram o Nordeste? Lula ficou famoso por falar de tudo em todo lugar. Ele diz o que o seu eleitor quer ouvir. Não aquilo que ele precisa ouvir. È o populista da frase feita. Da piada pronta. Do marqueteiro que assopra:
“Diga que Collor é ladrão. Diga “essa elite branca, de olhos verdes, que manda neste país”. Diga que o pré sal vai salvar o Brasil. Diga que não viu, não leu, não ouviu, nada sobre corrupção na Petrobrás. Diga que o Mensalão é invenção da mídia golpista. Diga que você é o Pai dos Pobres e Dilma a Mãe dos Ricos”.
Diga que Aécio é filhinho de papai.
“Play boy. Grosseiro. Diga que ele maltrata mulher. Que, se eleito, Aécio vai acabar com a Bolsa Família. “Arregaça Lula, estamos no Nordeste de Antônio Conselheiro, Padre Cícero, Lampião, Frei Damião, diga que Aécio é Herodes”.
“Herodes que mandou matar Jesus Cristo quando ele nasceu com medo de ele virar o homem que virou”. O homem aqui é ele próprio, a proclamar: “Eu sou o caminho, a luz, e a verdade”. Eu sou Linconl. Eu sou Getúlio Vargas. Eu nasci a dois mil anos atrás. Sou o Cristo reencarnado.
Na Venezuela, Hugo Chávez tem Pai Nosso. Aparece como um passarinho dando conselhos para o presidente Maduro. Hugo Chávez é o primeiro Santo venezuelano. Hitler, Mao, Stálin, Mussolini. A Santíssima Trindade da Coréia do Norte. Todos endeusados, idolatrados. Homens-Deus. RH: Lula: “Se o Nordeste ouviu, leu ou viu as ofensas contra nós, o preconceito contra nós, de vez em quando, parece que estão agredindo a gente como os nazistas agrediam na 2ª Guerra Mundial”.
Os nazistas Romero Jucá, Marina, Romário, Serra…
AB: “Essa do Lula foi demais. Ser chamado de democrata, comunista, judeu, era a pior coisa na Alemanha de Hitler. Meu avô fugiu por lutar contra o nazismo. Lula sofreu preconceito por ser operário. Ao gritar que os seguidores de Aécio são nazistas, Lula foi além de qualquer decência. Ele insultou. Desqualificou. Difamou. Fez bulling eleitoral. Jogou sujo. Mas, ele e Dilma, avisaram: “Pra ganhar faremos o que for preciso. Acerto ate com o Diabo”.
Neto de Tancredo Neves, Aécio nasceu, cresceu, em ambiente de cultura democrática. Há que se perguntar: quem fez mais pela derrocada da ditadura: Tancredo ou Lula? Ou foram iguais? Lula suja ainda mais o poluído ambiente político ao colocar a pecha de nazista em Fernando Henrique, José Serra, Marina Silva, Richa, a família Eduardo Campos, Romero Jucá, Romário, em homens e mulheres que tiveram nas várias trincheiras da luta democrática. Caluniá-los de nazistas é ser preconceituoso. Politicofóbíco. Embrutecedor.
Nunca li um livro. Nos bolsões do fanatismo, Lula deita e rola. Ele insinua ser o primeiro nordestino presidente do Brasil. “Nunca antes na história deste país” existiu Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Café Filho, Castelo Branco, Fernando Collor. Ele diz pela TV, nas entrevistas: “Nunca li um livro. Não leio jornais”. “Não preciso de diploma para governar o Brasil”. O nível político/cultural aplaude a milonga que aproxima. Nivela bem por baixo. No exemplo do atraso: “Lula é um dos nossos”.
“Eles devem nos pagar pelo que tiraram de nós”. Nas campanhas eleitorais, lá vem ele desconstruindo. A melhor defesa é o ataque. “Eles devem nos pagar pelo que tiraram de nós”. Quem tirou o quê do nordestino? Quem deve pagar o quê? O governo de Portugal, da França, da Holanda? Os Reis africanos que vendiam gente como escravos? Os descendentes de Pedro Álvares Cabral? De Maurício de Nassau? Meu avô alemão, preso, espancado pelos nazistas? Meu pai lavrador na serra catarinense? Fala Lula. Dê nome aos bois.
Quem explora o nordestino pobre, analfabeto? Quem há séculos, rouba verbas da construção de açude, caminhão-pipa, da saúde, agricultura, estradas, merenda e ônibus escolar? È o nordestino marajá, oligarca, político espertalhão. Mas, Lula, joga a imagem no ar: Eles. Eles quem, cara parda?!
RH: Lula perguntava: Onde estava Aécio quando Dilma pegava em armas?
AB: Frases soltas. De baixa qualidade política. Essa pergunta do Lula, por exemplo, só cola em ambiente de má formação cultural. Na grade televisiva do escracho. Nas redes sociais da banda imbecilizada. Nos sem memória histórica.
Dilma nasceu em 14/12/1947. Aécio em 10/3/1960. Quando Dilma tinha 20 anos, Aécio com sete, devia estar pegando em “armas” contra os Herodes e Judas de sua imaginação infantil. Mas, Lula pergunta: onde estava Aécio? E o eleitor cativo, acabestrado, abestalhado, aplaude como se fosse verdade-verdadeira. Verdade Lula! O país desce a ladeira ética, da desagregação urbana, com esse tipo de pergunta, conduta, com a cultura da mentira.
Se, Aécio é Herodes, Lula seria quem?
RH: Biblicamente pensando, pergunto: Se, Aécio é Herodes, Lula seria quem?
AB: Lula é Anjo. Arcanjo. Chefe. Sassá Mutema. Salvador da Pátria. Protetor dos Ricos. “Não podem reclamar. Eles nunca ganharam tanto dinheiro como no meu governo”. (Empreiteiros, Bancos…). Pai dos Pobres. O Cara. O Sucessor de Hugo Chávez na Revolução Bolivariana. Lula pode ser Pilatos e Judas.
RH: Pôncio Pilatos ou Judas?
AB: Lula não fez crescer nenhum líder ao seu redor. Não precisou ler Maquiável. Ninguém sabe fazer intriga, jogar uns contra os outros, decapitar, como o Pilatos de Pernambuco. Com a merda do Mensalão no ventilador, ele foi buscar uma outsider, desconhecida pela grande maioria do seu partido.
Lavou as mãos, jogando José Dirceu às feras. O melhor amigo. O homem que costurou a primeira vitória dele à presidência. Lavou as mãos, saiu fora de Delubio, o Money man, de todas as horas. Lavou as mãos, afastando-se de Genoíno, presidente e genuíno líder de seu partido.
Dizendo: “não vou para o matadouro sozinho” deixou o escândalo Mensalão para assessores. Deixou a presidência da República para a emergente Dilma e suas amigas Erenice Guerra, Graça Foster. E foi salvar a sua imagem de “fora pra dentro”.
Como Pilatos, governador dependente, Lula foi para os braços do imperador Fidel Castro. Empolgou-se com o Calígula de Trípoli. Aprendeu ataques e contra ataques com os Pretorianos Hugo Chávez, Evo Morales, Ahmedinejad.
Judas
Para mim, lulista de carteirinha, vinte anos mobilizando, agitando, conchavando, dentro e fora de universidades, se, Aécio é Herodes, Lula é Judas. Ele traiu tudo pelo qual lutou duas gerações de brasileiros. Sem nos avisar, Lula foi descarnando a estrela vermelha do PT. “Esse negocio de socialismo é para quando se é jovem”.
Saiu da proposta do socialismo democrático para a milonga das reformas de base. Cadê a reforma agrária? Onde a reforma tributária? Cadê a reforma política?
Fez- faz- aliança com a escória nacional e internacional. Faz vista grossa para o Diabo da corrupção. Finge não ver o espetacular crescimento da criminalidade. Não se interessa pelo embrutecimento do país. Desde o primeiro dia do seu primeiro mandato roubam na Petrobrás, Correios, DNIT, nas estatais, ministérios, e ele não sabe de nada? Poupe-me, Lula.
O que temos, somos? Governo de esquerda? De centro-esquerda? República sindical? Demo-cracia anárquica? Isso sem falar nas questões de Princípios. Valores. Honra. Dignidade. Ética. Lula beijou tudo isso. Caminhamos para o Calvário brincando com bugigangas chinesas. Vidrados no smart phone. Mas, vem muita chicotada por aí.
RH: Crie a sua galeria bíblica, (ou não bíblica) de réplica andante. Encontre pessoas que nunca se conheceram, mas que se parecem. Exemplo: Dilma seria Maria, Marta, Maria Madalena?
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