Trilha sonora:
Candidato chorão. Coitadinho. Bonzinho. Candidato que nunca leu um livro. Cuidado com o Coitadismo.
A cada dois anos, Operadores do Sistema, colocam a armadilha do voto “democrático”. E o brasileiro entra nela, e vota. No mesmo do mesmo. Parece que foi ontem que, mais uma vez, nos entusiasmamos com uma novidade: a de termos a primeira mulher presidente.
E daí? Homem, mulher, hetero, gay? Se, o presidente ou a presidenta, não sabe o que acontece na mais rica e simbólica empresa do Brasil! Da qual ela foi presidenta do Conselho de Administração. Em pleno Mensalão Lula se reelegeu e ainda elegeu Dilma. Não vi, não ouvi, não li, não sei de nada, nego! Milhões de coitadinhos acreditam nisso.
O país está inundado de faixas, cartazes, placas, mensagens, por Rádio, TV, Internet. Vote em. Candidato promete Saúde, Educação, Segurança. Tudo aquilo que o brasileiro mais precisa. E não tem com qualidade. A venda de votos e a compra de aliados continuam. Candidato barrado pela lei da Ficha Limpa continua em campanha. Contando com o eterno “vou recorrer”.
PT e PMDB estão com 40% do total arrecadado.
Informa o TSE (sábado, 6) que os dois partidos com maioria na Câmara e no Senado, ultrapassaram os 38, 8% dos R$ 352 milhões doados por empresas, Fundo Partidário, pessoa física. Os três campeões de doações: a empresa de alimentos JBS- da marca Friboi- a construtora OAS e Andrade Gutierrez.
A Friboi, da qual, segundo fofoca eleitoral, Lulinha faz parte, repicou em cima dos R$ 40, 7 milhões mais R$ 6,3 milhões via Flora, empresa de higiene pessoal, pertencente ao grupo JBS. Há muito dinheiro reservado para esta campanha. E se, a disputa apertar, dinheiro voltará do exterior.
Pode-se dizer: Se tem apoio da Friboi você pode confiar e votar nele/a. Mas, bife de graça não existe.
“Estão raspando o “tacho” de ministério, estatal, governo estaduais. E, se Dilma não ganhar? E, se o governador não for reeleito? Salve-se quem puder”.
O país do futebol; dos 171, das novelas que começam com irmão seduzindo a esposa do irmão que lhe acolhe; filho rouba de pai; irmã trepa com o namorado da irmã, esposa “fica” com sócio do marido; país onde o humor virou escracho e putaria é também, o maior do mundo, em número de partidos políticos.
Partidos sem doutrina, princípios. Sigla de aluguel. Líderes “carismáticos”. Safados e corruptos notórios. Tentam (e conseguem), seduzir com choro, dentadura, sandálias, migalhas novas, promessas, “protestos”. Dizem em quem devemos votar.
A contribuição do RH é dizer em quem você não deve votar.
Informe-se sobre a longa trajetória do ismo e seu malefício ao Brasil: anarquismo, fundamentalismo, marxismo, comunismo, socialismo, leninismo, fascismo, nazismo, stalinismo, populismo, peronismo, castrismo, chavismo, lulismo, banditismo, terrorismo.
Criaram o pobrismo e o coitadismo. Fique de olho em candidato/a que bebeu dessa água ideológica. Sei do que falo e vivo. O vírus está lá. Há sempre o perigo de recaída.
Candidato-engraxate:
Há menos engraxates. Menino, adolescente, por lei, não podem trabalhar. Com 12, 13 anos, comprei uma caixa de engraxate. Fogo de palha. Eu não era páreo para os bons que faziam o pano tinir, enquanto lustravam o sapato. Havia o Galo Cego. A gurizada gritava: “Galo ou galinha?”. Engraxando, ele respondia: “Galinha eu galo ocê, quem é o galo?”.
No Rio, engraxava com Zeca Vidigal para ouvi-lo batucar, cantar. Em Nova York, fui sócio de mineiros que engraxavam em duas bancas lucrativas: a do Rockfeller Center e World Trade Center. Ajudei vários a comprar “vaga” em locais rendosos. Engraxando sapato, muitos compraram imóveis em Governador Valadares, Guarapari.
My brother Aquilino Alves engraxa na esquina da Rua do Meio, onde tínhamos bar, armazém, pensão. Por onde eu passava para ir à Escola Modelo Barão de Melgaço e à igreja Matriz, onde fiz a primeira comunhão. Ele é referência. Parâmetro. Concede entrevista sobre situações políticas. Nele, sim, eu votaria.
A imagem, a profissão, de quem ganha o pão de cada dia, engraxando sapato, devem ser respeitadas. Não merecem ser exploradas pelo marketing político. E daí que o cara foi engraxate? Já faz muito tempo. Será que ele continua honesto como o menino que era? Ele serve para ser deputado, senador, governador, presidente?
Candidato-jornaleiro:
“Quando criança, ele vendeu jornal para ajudar a família e estudar. È de origem humilde. Vote nele”. Apelo maroto. Bem Brasil. Aos 11,12, 13 anos, eu entregava aos assinantes os jornais A Voz Operária e Novos Rumos, do PCB. O que sobrava vendia. Não dava para pagar escola, ajudar a família. Mal, e porcamente, para o chiclete Adams, pé de moleque, picolé de groselha, filme de Tarzan.
Gostava de ver filme com guri gritando “Extra, Extra”.
As voltas que o mundo dá: um dia lá estou eu, com a primeira edição do jornal The Brasilians, na esquina mais famosa do mundo, Rua 46 com Quinta Avenida, gritando, Extra, Extra. Distribuindo o jornal ao comércio da área.
Nos Estados Unidos, Europa, é comum, faz parte da educação laboriosa, garoto entregar jornais. Sem ser coitadinho, pobrezinho. Qual foi a última vez que você viu um menino vendendo, entregando, jornal? Por lei, ele não pode fazer isso. O dono da distribuidora pode ser processado por exploração de trabalho infantil.
E daí, que o candidato, um dia, há muito tempo, vendeu jornal? Ele lia os jornais? Aprendeu com as notícias, reportagens? Quando vendia jornais, ele levava o dinheiro e o troco para o dono da banca, da distribuidora. E, atualmente, como ele lida com dinheiro? Veja nos jornais as noticias sobre ele.
Candidato David Luiz:
Aquele que chora. Faz lágrimas entrar por sua televisão. Márcio Junqueira, de Londres, esclarece: “Amigo Jota, vou aos jogos do futebol europeu. Nunca vi David Luiz chorar em campo.
Por que, no Brasil, ele chora? Se aninha nos braços do técnico. Marketing? Doença? Passar a imagem de bonzinho, coitadinho? Se, candidato, David Luiz seria eleito”.
Lula é mestre do choro em público.
Líder, presidente, exemplo, Lula é um dos principais responsáveis pela choradeira made in Brazil. A premissa induzida é: “Ele é um dos nossos. Se o presidente chora também posso e devo chorar”.
Ler, escrever, rir, chorar, se aprende em casa, na escola, no grupo. A criança vendo o seu jogador de futebol preferido chorar, acaba chorando. Daí pra frente, o coitadinho descobre que chorar dá ibope doméstico. Mais carinho, mais sorvete. É a geração Lula. Na Coréia do Norte, em funeral de líder, a choradeira coletiva é organizada. Vai e volta.
Nas minhas andanças, sempre observando lideranças mundiais, nunca vi um líder soviético chorar. Nunca vi Fidel Castro chorar. Margareth Thatcher, sem choro e desculpas esfarrapadas, comandou a recuperação da Inglaterra.
Conheci Dolores Ibarruri em Moscou. Ela foi líder na guerra civil espanhola. Nunca soube que a Pasionária chorou em público. Richard Nixon não derramou lágrima ao renunciar à presidência dos Estados Unidos. Seus olhos não ficaram marejados, quando da escada do avião, despediu-se dos funcionários da Casa Branca.
A TV é a grande incentivadora do choro.
“Ele ficou emocionado”. Expressão cretina para não dizer que o Cara chorou. Pastor, “dramaturgo”, o Faustão, gigolam o choro. Programas da TV Globo induzem artistas a chorar com mensagens de papai, mamãe, vovó, professora. Dá IBOPE. E mais faturamento.
Candidato coitadinho:
È o que mais temos. O coitadismo elege e enriquece a elite que nos governa. O SBT deveria dar, pelo menos, uma contribuição, á melhoria da política brasileira, colocando no ar, já, Ô Coitado, com Steve Formoso/Moacyr Franco e Filomena/Gorete Milagros.
Exemplo de coitadinho/bonzinho/proletário riquinho/ é Suplicy Matarazzo. Candidato à reeleição ao Senado. Batizado, casamento, velório, cartinhas, pêsames, Bob Dylan, é com ele mesmo! E São Paulo?
Candidato que nunca leu um livro.
Aquele que se orgulha de não ter o hábito de ler. E que diz poder legislar, administrar, governar. Nas minhas andanças, nunca vi, nem ouvi, um candidato de país comunista, capitalista, orgulhar-se de nunca ter lido um livro. Essa bofetada em quem se esforça para estudar, formar-se, só acontece no anarquismo democrático brasileiro.
E ser eleito com esse discurso. E mais: manter milhões o aplaudindo com a velha e esperta premissa plantada pela grande mídia (TV) azeitada por petrodólares: “Ele é humilde. Saiu do nada. Nunca leu um livro. É um dos nossos. Venceu sozinho. Ele pensa por nós. Votamos nele”.
Em eleições do pobrismo, estou eleito.
Tem hora, como agora, que me arrependo de não ter usado o meu pobrismo. De não ter tirado proveito dos momentos de poder que tive. Dessa geração de candidatos 2014, eu ganho com lambuja.
Tenho reserva técnica de choro e sofrimento para ninguém botar defeito. Topo debater Pobrismo e Coitadismo com o PHD Lula.
No coitadismo, já ganhei.
Foi em abril. Toró de três dias. O rio Batoví, cheio e perigoso, para a parteira atravessá-lo. Nasci na rede. Cortado com lasca de pedra, o meu umbigo é bonito. Criança, sempre descalço. Comi terra. Multidões de vermes. Em Nova York, caguei uma lombriga longa e fina. Parece ter sido a última. Mas, a gente nunca sabe o que acontece lá “dentro”.
Vote em mim. Cresci num puteiro de garimpeiros. Fui jornaleiro. Engraxate. Quer mais?
Para o coitadismo de novela e eleição revelo que a minha mãe biológica foi assassinada. Órfão de pai e mãe, ate os 15, 16, anos, carreguei dor e sofrimento. E o desejo de encontrar e matar o filho da puta.
Estudei na capital do comunismo. Sem choro, nem vela, obtive sucesso na capital do capitalismo. Ralei. Criei a maior celebração do meu país, no mundo. Em Nova York, fui vizinho de celebridades, bilionários.
Feio, tive mulheres bonitas. Baixo, tive mulheres altas, lindas. Posso ganhar votos da esquerda, da direita, do centro. Sou Ficha Limpa. Saúde boa.
Mas, não tenho padrinho, madrinha, costa quente de empresa. E não tenho Money para comprar votos. @
Divulgue. Encaminhe www.oreporternahistoria.com.br. Para Escreve que eu publico envie texto, imagens, para: o reporternahistoria@gmail.com
*Jota Alves fundou o jornal The Brasilians e criou o Dia do Brasil em Nova York. Formado em Direito Internacional, Moscou. Foi Secretário de Governo em Mato Grosso. Edita www.oreporternahistoria.com.br e www.odiadobrasil.com. JotaNYMtAlves/FACEBOOK