TRILHA SONORA: Caju e Castanha Ladrao Besta e o Sabido
Era light ficou heavy. Era discreto ficou escancarado. Nos condomínios privê. Suítes presidenciais. Resorts de luxo. Salas VIP de aeroportos. Serviços de inteligência. Mídia especializada. Ministérios de relações exteriores: todos sabem que o presidente Lula há muito entrou no “esquema Bumlai”. No payroll de empreiteiras, construtoras, bancos. Contava também com o apoio pontual dos “irmãos e líderes” Hugo Chávez e Gadafi. Controladores de colossal reserva de petrodólares disponíveis para presidentes, senadores, deputados, assessore e informantes. Muitos dos quais brasileiros.
Na ficção, o ator Kevin Spacey o Big Jack do filme o Super Lobista. Na realidade, o presidente Lula é o mais poderoso lobista do país.
O facilitador de negócios
Em novembro de 2012, por exemplo, Lula viajou à África do Sul, Moçambique, Etiópia e Índia. O Instituto Lula informa que a “cooperação em políticas públicas e ampliação das relações internacionais” são os objetivos das viagens presidenciais. Informes do Itamaraty mostram o contrário.
“As duas primeiras paradas foram pagas pela Camargo Corrêa. Em Moçambique, a empresa participou das obras de uma mina de carvão explorada pela Vale, que meses antes fora alvo de protestos de centenas de famílias removidas pelo empreendimento. Segundo o telegrama da embaixada brasileira que relatou ao Itamaraty a visita de Lula, o ex-presidente contribuiu para reduzir resistências que as empresas brasileiras enfrentam em Moçambique” (Folha de São Paulo).
A pilantragem brasileira ensina que uma mão lava a outra. “Você será o nosso public relations. O nosso caixeiro-viajante. O salesman graduado com muitos benefícios. Nós bancamos a sua campanha. Elegemos seus preferidos. Agora queremos contatos de primeiro grau para os nossos projetos e obras. Queremos empréstimos, isenções, subsídios. Do BNDES, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Amazônia. Dentro e fora do Brasil. Você vai ter que viajar mais e mais para a Àfrica. Queremos mais obras na América Latina”. E assim foi. E assim é.
Na Bolívia: “Protestos impediam a OAS de tocar uma rodovia de US$ 415 milhões. La Paz cancelou o contrato, mas deu US$ 9,8 milhões como compensação à OAS. Da Bolívia, ainda bancado pela OAS, Lula viajou para a Costa Rica, onde a empresa disputava uma obra de US$ 57 milhões. A OAS foi preterida após a imprensa local questionar o papel de Lula. Após nove meses, a OAS ganhou a concessão da rodovia mais importante doda Bolívia (negócio de US$ 500 milhões).
No Panamá: Em maio de 2011, Lula foi ao Panamá a convite da Odebrecht. Na agenda, visitas a obras da empresa com ministros, o presidente Ricardo Martinelli e a primeira-dama. O diretor da Odebrecht no país ofereceu jantar em sua casa para Lula, Martinelli e os ministros da Economia, Obras Públicas e Assuntos do Canal. Ao final do jantar, o ex-presidente prometeu levar três pedidos a Dilma, em encontro na mesma semana: maior presença da Petrobras no Panamá, um encontro entre os ministros dos dois países e a criação de um centro de manutenção da Embraer.
A Odebrecht obteve no Panamá contratos de US$ 3 bilhões. Cinco meses depois do jantar, engenheiros da construtora foram fotografados com um estudo de impacto ambiental sobre uma obra que só seria anexado à licitação três meses mais tarde. A brasileira conquistou a obra de US$ 776 milhões e foi acusada de já saber do resultado previamente pela ONG Orgulho Panamá. “Há um sentimento geral de que a obra é motivada simplesmente por interesses especiais. O maior interesse comercial é da Odebrecht e políticos”, diz, em nota, a organização.
Angola: Lula vai para um evento patrocinado pela Odebrech. A empresa tem 20 mil funcionários no país. “Quando era presidente, Lula não gostava do presidente de Angola, mas ganhou um bom dinheiro para dizer que está tudo bem no país, o que é importante para a elite corrupta”, disse à Folha Rafael Marques, da ONG Maka Angola.
Caracas: Lula viajou em jato da Odebrecht para Caracas. Lá, encontrou-se com “grupo restrito de autoridades e representantes do setor privado”. A conversa com o então presidente Hugo Chávez, morto este mês, ocorreu no momento em que o governo local devia cerca de US$ 1 bilhão à empreiteira por obras como a do metrô de Caracas. Três dias após a visita, Chávez anunciou que as dívidas com a Odebrecht estavam “quase” resolvidas”. FERNANDO MELLO FLÁVIA FOREQUE/Folha de São Paulo.
Lula é lobista da Odebrecht, OAS, Camargo Correa. E daí?
Sempre foi assim. A carreira política de José Sarney só foi possível graças ao patrocinio de grupos econômicos. Quando presidente da República o seu Ministério de Transportes era um bunker de negócios. PC Farias fez o que para eleger e manter Fernando Collor “caçador de marajás”? A diferença está na metamorfose do operário. Do revollucionário “caçador de corruptos”. O líder da esperança. De princípios. Das promessas de reformas estruturais no país.
Vigora a cultura da permissividade. Fortalecida está a cultura da promiscuidade em tudo. Na presidência da República que é de todos Lula fazia campanha eleitoral. Cargo público vira cargo privado. “Enquanto ministro sou honesto. Depois do expediente sou cidadão comum. Faço o que bem entender”. Inclusive corrupção. “Fardado sou policial. Sem farda faço o que quero”. Inclusive assaltar, roubar.
Na baixa e dominada consciência política o que o ex-presidente Lula faz é perfeitamente normal. Não há escrúpulo. Não há honra e dignidade nas instituições do país. Tudo nivelado lá embaixo na promiscuidade generalizada. Se o presidente faz, o brasileiro comum, a criança, fazem. Praticam delitos com a maior naturalidade. E aí perguntam: por que o país está embrutecido, animalizado? Líder mundial em crimes hediondos.
Quando aconteceu a virada na vida de Lula?
No susto do Mensalão “não vou para o matadouro sózinho”? Ao ligar-se à Sarney? Ao ficar íntimo de Hugo Chávez? Ao Marisa, primeira dama do país, conseguir a cidadania italiana para a família “no Brasil a gente nunca sabe o dia de amanhã” ? Na mordomia em Varadero? Com as delícias venezuelanas na paradisíaca ilha Santa Margarida? Nos hotéis de luxo da Europa? Tomando o chá boliviano com Evo Morales? No conforto do Aero Lula? Com Rosemary? Ao descobrir que o filho era um “Ronaldinho dos negócios”? Quem “fez a cabeça do operário” Lula? Ele mudou ou sempre foi o que é hoje? Lobista “ideológico”. O Cara super esperto. O mais poderoso lobista do Brasil? Em breve, do mundo?
A psicóloga e historiadora Adriana Berger escreve: “Vá lá atrás e veja as relações de Lula com Delúbio na CUT, por exemplo. Lula sempre foi um diferenciado. Nordestino pobre. Sofredor.”Explorado”. No Sindicato estava na hora certa, no lugar certo. Na luta contra a ditadura. O Partido Comunista já sem prestigio. E aí seus mellhores pensadores e quadros (como o meu pai) apostaram num novo partido. Nasceu o PT com apoio da Igreja Católica. Precisavam de um líder da classe trabalhadora. Surgiu o Lula paparicado. Um produto do marketing ideológico da época”.
“Vazio por dentro, cheio por fora”.
“Lula tomou o poder. Mas não mudou sua essência. DNA é para sempre. Espertalhão político. Malandro eleitoral. Sem eira nem beira moral ou ética. Topa tudo por voto. Ensinou Dilma. Tá difícil? Mais uma Bolsa. Mais subsidio. Mais isenção. Setenta reais de hoje é a botina de ontem. Mantenha o povão contente. Patrocine as novelas, os Big Brother, os Topa tudo por dinheiro. Quanto mais baboseira nas Tvs, melhor.”
“Mais discurso de “auto-estima”. Prometa mais benefícios. Dê vantagens aos grupos e pessoas de todos os desejos. Eles votam. E voto é o nosso negócio. Lula é uma mistura de Ademar de Barros e Jânio Quadros: dois cavaleiros do apocalipse político brasileiro. Deslumbrado. Despreparado para ser novo-rico. Em tratamento de câncer deveria se retirar com dignidade. Por que continua? Por que substitui, pisotea, menospreza e desmoraliza o Itamaraty. Um dos melhores serviços de relações exteriores do mundo. Ódio da elite da qual ele já faz parte?
“Lula repete Hugo Chávez que há muito sabia estar com câncer. Mas a megalomania, o delirio do poder, o fez desafiar Deus. Achou-se imortal. Para evaporar-se como um covarde. Pedindo: “por favor não me deixem morrer”. Marta Suplicy e outras confirmam: “Lula é Deus“. Ele acredita que encorpora Jesus, Ghandi, Nelson Mandela, Lincoln, Getúlio Vargas, Padre Cicero, Antonio Conselheiro, e agora, Hugo Chàvez”.
E a taxa de sucesso?
De Miami, Amílcar Mendes, lobista do lobster brasileiro e outros crustáceos, explica: “Sou lobista de carteirinha. Transparente. Pago impostos. No exterior, é vergonhoso ver o presidente do meu país se sujeitar à menino de recado de empreiteiras em países dominados por ditadores, corruptos, terroristas. Decepção maior é ver Dilma, Gilberto Carvalho, e graduados do Instituto, dizer que Lula está trabalhando pelos interesses do Brasil”.
“Por acaso os interesses do Brasil se limitam aos da OAS, CAMARGO CORREA, ODEBRECHT? E a taxa de sucesso? Lula viaja por pão, comida, vinho, remédios? Lula trabalha para os interesses do Brasil? Give me a break. As “palestras” de Lula podem custar 300 mil reais cada ( 150 mil dólares). Fora as despesas. Quem paga? Ou quem repassa? Tudo muito velhaco. Feio. Bem Brasil. E Lula que se cuide. Já se desmoralizou com o affair Rosemary. Lobby aqui fora é para profissional com formação técnica especializada. Lula não tem formação nenhuma. È um politico com jogo de cintura. Sabe convencer. Bom de sussurros no ouvido. Rei do jeitinho e da malandragem macunaímíca”.
Lula não é lobista.
Lobby-lobista- é profissão regulamentada aqui nos Estados Unidos. Lula é empregado de empreiteiras, construtoras, grupos. Isso é coisa do passado. Desmerece. Ninguém o leva a sério. È mais um politico latino ligado aos cartéis da corrupção. E esse campo na Àfrica está minado. È muito perigoso. Gente como ele lá é rastreada, fotografada, filmada, a cada segundo e milímetro”.
E sabem que Lula é metido a conquistador. Corre atrás do sussexo. Lobby com jatinho executivo, hotel de luxo, iate, mulher a escolher, vinho, dólar, é combinação fatal. Enquanto ele for o mais poderoso lobista do Brasil pago por gente brasileira, tudo bem. Aí ele é Rei da Rainha. Protegido da TV Globo. Sem oposição. Faz o que bem quer”.
Rosemary, na foto, lobista-chefe do Escritório da Presidência da República em São Paulo. Acompanhou Lula em muitas viagens internacionais.
Àfrica e América Latina
As investidas das empreiteiras e construtoras com Lula abrindo portas são, principalmente, na Àfrica. Continente rico em tudo, mas, estraçalhado por guerras tribais, campos de refugiados, ditadores, corruptos, terroristas. Terreno fértil para lobistas de todos os negócios. O lobista poderoso evita, por enquanto, países com leis rigídas contra o bad lobby que leva à corrupção. Dá cadeia.
“Ele limpou a bunda com a camisa da seleção”
Lula usa e abusa da bandeira do Brasil mais conhecida no planeta. A imagem mais forte e mais positiva do nosso país é talismã, souvenir, presente de lobista. Ao presentear ditadores, sanguinários, corruptos notórios, Lula vulgariza a camiseta da “pátria de chuteiras”. A transforma em camisinha da pior qualidade. O deputado federal Romário que muito honrou a camisa da seleção quer projeto-lei para ordenar e qualificar o uso promocional correto da camisa da seleção brasileira de futebol. Dar-lhe valor moral. Dignidade de produto da cultura esportiva da nação.
Fala-se na maldição da camisa da seleção brasileira. “Dá azar”. Quase todos que a ganharam de Lula estão fora do poder, ou mortos. “Um ditador chapado limpou o pau e a bunda com a camisa da seleção brasileira” explode o gaúcho Sandro, garçom de uma embaixada na Àfrica.
O que é lobby ?
È defender a indústria de armas de fogo. È proteger animais como faz Brigitte Bardot.
È pressionar contra leis que querem abolir o cigarro. È defender desejos sexuais como faz Marta Suplicy. È mobilizar contra casamento gay como faz o pastor Malafaia.
Lobbying vem do velho idioma britânico comercial. Ação pessoal, movimento de grupos, escritórios, ONGs, em defesa de seus interesses. O termo lobista se aplica mais aos que atuam com técnicas e marketing de pressão junto ao Congresso, Asssmbléias Legislativas, Câmaras Municipais, Ministérios. Lobista é um abridor de portas. Facilitador de negócios. Ele ganha para fazer isso. No Brasil lobby não é regulamentado. Mas é praticado. Muito influente. Poderoso. O lobby brasileiro é terreno de lobos. Por onde corre muito dinheiro.
Em 1989, o senador Marco Maciel apresentou projeto regulamentando, oficializando, a profissão de lobista. Tida no país como picaretagem. Influência perniciosa. Lobista é também sinônimo de o homem da mala preta. O Sombra. O PC. Há vinte e quatro anos o projeto está engavetado. Eis o que informa o deputado federal Zarattini do PT/SP autor de aditivos mais atuais ao projeto original: “Políticos não tem interesse em explicitar suas relações com o setor privado…tem parcela bastante importante na própria Câmara que não tem interesse em votar esse projeto, porque ele vai deixar transparente as relações pública-privadas”
Com a lei em vigor a Controladoria Geral da União-CGU- credenciará todas as pessoas e grupos de pressão que querem influenciar e ter negócios com o governo. Lobista será proibido de dar presente, pagar passagem aérea, hospedagem, “emprestar” jatinho executivo…Transparência é a maior ameaça ao político brasileiro. Lula não levantou uma agulha para aprovar a Lei do Lobby. Aliás, nos seus oito anos de presidência não concluiu nenhuma reforma estrutural. Só paliativos legais, semi legais. A não regulamentação do Lobby facilita a vida do mais famoso e poderoso lobista do Brasil. “Aqui quem manda sou eu. Faço e atuo como quiser”.
Nos EUA, o lobby é regulamentado desde 1946.
Lobby pode ser de país. Da compra e venda de aviões. Nos EE.UU lobista que “trabalha pelo amor à camisa, ao país, que não declara o que ganha, lobista safado, vai para a cadeia como Jack Abramoff que atuava em Washington. Gramou três anos e meio no xilindró.
Em 1995 e em 2007, após escândalos envolvendo lobistas e legisladores, houve endurecimento nas leis. Todos os lobistas precisam se registrar na Câmara ou no Senado. Trimestralmente, em um formulário eletrônico, o lobista é obrigado a divulgar qual a finalidade do lobby, nome do cliente, questões que quer mudar, custo do lobby e uma lista de todos os órgãos contactados.
No Senado e na Câmara dos EUA, familiares imediatos e cônjuges dos legisladores são proibidos por lei de fazer lobby com seus parentes parlamentares. No Executivo, não existe uma lei que proíba, mas há uma recomendação para que familiares de integrantes do Executivo não façam lobby nos respectivos gabinetes.
“Nos EUA, a atividade de lobby é protegida pela Constituição, mas o presidente pode optar por não empregar uma pessoa cujo parente está envolvido em lobby”, diz Mickey Edwards, professor de políticas públicas da Universidade Princeton. “A mera aparência de conflito de interesse é razão para o funcionário publico recusar a se envolver na questão”, disse ao Estado um lobista americano ( Jornal o Estado de São Paulo). As instituições norte-americanas atuam em conjunto para coibir abusos. O presidente Obama está apertando o cerco contra lobistas que usam a profissão para usufruir vantagens ilícitas dentro e fora dos Estaddos Unidos.
“Mais uma razão porque Lula e a sua turma odeiam os Estados Unidos”. Cutuca o lobista de carteirinha em Miami, Amílcar Mendes: “Lula, José Dirceu que se gaba de dar consultoria de 600/700 mil, Palocci, Reinaldo Tavares, e muitos outros, aqui, estariam na cadeia”.
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